terça-feira, 27 de julho de 2010

Denúncia de assédio moral deixa Banco do Brasil em saia justa

Denúncia de assédio moral deixa Banco do Brasil em saia justa
Funcionária diz ter sido coagida por superiores a pedir a aposentadoria. Recentemente, banco estatal já foi condenado a pagar indenização
Gabriel Caprioli
Publicação: 22/07/2010 08:02
Ameaças de demissão e condutas inadequadas de superiores colocaram o Banco do Brasil (BB) em uma nova saia justa. Uma ex-funcionária acusa a instituição de ter sido impelida a deixar o cargo e a pedir aposentadoria antecipada após episódios de assédio moral sofridos no trabalho.
A denúncia foi documentada em cartas — às quais o Correio teve acesso — direcionadas ao Conselho de Administração do banco, à Ouvidoria-Geral da União (OGU) e ao Sindicato dos Bancários de Brasília. Nos textos, Vânia Venâncio, ex-gerente da Ouvidoria do BB, departamento responsável justamente por receber e apurar irregularidades internas na instituição, queixa-se da falta de experiência gerencial do chefe imediato, um sindicalista que teria adotado uma espécie de “política de Salomé”, como conta a própria funcionária.
“Fui comunicada pelo gerente-executivo a que estava subordinada (...) que ‘tinham pedido minha cabeça’, mas que ele iria me manter no cargo e analisar meu desempenho. Creditei essa forma inadequada de condução à sua pequena experiência gerencial no BB. Essa alusão a uma política de Salomé, que tem como premissa o corte de cabeças, deu o tom de nossa relação ao longo dos meses”, relatou em um dos comunicados.
Sindicato vai à Justiça
A funcionária que acusa o Banco do Brasil de assédio moral preferiu não comentar as denúncias, alegando já ter enviado as solicitações aos órgãos competentes. Em uma das cartas, ela relata a dificuldade que a Ouvidoria (1)tem em apurar irregularidades. “A localização da Ouvidoria Interna no quinto escalão da arquitetura organizacional do BB traz dificuldades previsíveis de cunho político-institucional. Como uma gerente de divisão vai conduzir denúncias de superintendentes, gerentes-executivos, diretores e demais funções estratégicas?”
Nelson Barbosa, que preside o Conselho de Administração do BB, vai analisar as reclamações da bancária
A OGU, órgão subordinado à Controladoria-Geral da União (CGU), confirmou o recebimento das denúncias no mês passado e ressaltou que, ao relatar o pedido de aposentadoria, a ex-funcionária enfatizou a falta de autonomia operacional como um dos principais problemas que a expunham ao assédio moral. A OGU pediu explicações ao banco, que ainda não respondeu à acusação. Ao Correio, a assessoria da instituição informou que “a demanda da funcionária aposentada refere-se a processos internos e está sendo avaliada por instâncias internas, que tratam de tais assuntos”.
O caso também foi levado ao Sindicato dos Bancários de Brasília, que prepara a documentação para acionar o BB na Justiça. De acordo com o diretor do sindicato, Rafael Zanon, casos envolvendo denúncias de assédio moral ainda são de difícil resolução. “O assunto é novo e ainda há uma certa dificuldade em resolver esses casos administrativamente. O que a gente normalmente faz, com a autorização do funcionário, é mandar para o Judiciário.”
Recentemente, o BB foi condenado pela 6ª vara do trabalho a pagar R$ 200 mil a uma funcionária que afirmou sofrer constantes retaliações por parte do banco após participar de uma greve, em 2008. Na época, ela teve seus pertences retirados do local de trabalho e foi vítima de campanhas difamatórias. Ao responder a muitos dos pontos da ação, o banco afirmou que se tratavam de “devaneios” da funcionária.
De acordo com a OGU, a solicitação da funcionária pode resultar na abertura de uma sindicância para investigação no banco. Caso seja constatado o assédio moral, a instituição pode sofrer um processo administrativo disciplinar. O BB informou, por meio da assessoria de imprensa, que o Conselho de Administração, presidido pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, recebeu as reclamações e as encaminhou aos departamentos do banco que têm competência para a análise. (GC)
1 - Apuração
A existência de uma área em cada instituição para apurar irregularidades internas é uma determinação do Banco Central. A ouvidoria é responsável sempre por receber as reclamações e averiguá-las. A denúncia então é repassada para a Auditoria, responsável por julgar e aplicar sanções administrativas.
Esta matéria tem: (8) comentários
Autor: Eliseu de Oliveira
POLITICOS na gestao de uma empresa do porte do BB, na dose adequada, eh necessaria mas elas se instalam em cascata ate niveis tecnicos e la ficam cumprindo o mandato - cinzentas, nao raro pateticas. Ainda bem que nao foi publicado o nome da figura pois certamente viraria Diretor
Autor: Guilherme Guilherme
O Banco do Brasil é uma vergonha. Não prepara os funcionários, pressiona para cumprimento de metas de vendas de seguros, títulos de capitalização e paga mal os funcionários. E além disso, os funcionários ainda são obrigados a ouvir desaforos de clientes mal educados e arrogantes.
Autor: Manoel Soares Santos
A história se repete, mesmo aconteceu em 2007 qdo BB dava incentivo para o funcionario antecipar a sua aposentadoria e por outro lado exercia forte pressão através Superintendentes, com ameaça de perda da função comissionada/ou transferências compusória, claro objetivo de suprimir direitos.
Autor: raul albuquerque
A minha mulher acaba de ganhar uma ação contra o Banco do Brasil por assédio moral. Foi uma vergonha o que alguns sindicalistas do PT fizeram com ela.
Autor: leandro batista
Eu nao duvido que possa ter existido mesmo assedio moral no BB, alias nesses bancos existem muitas pessoas , nao sao todas,mas há pessoas nojentas , prepotentes e etc. muitos nao valiam o que comem e quando entram para um orgao se acham o pao com ovo.Tomara que ela ganhem a causa pro BB aprender.
Autor: John Moruba
O Banco do Brasil, até meados dos anos 90, era motivo de orgulho dos seus funcionários. "Sou do Banco do Brasil até a morte!"...... "Tenho o melhor salário do Brasil"...... "Ganhei meu apartamento na 308 Sul do BB"......
Autor: Darlan Santos
É lamentável que uma instituição do porte do Banco do Brasil, aceite em seus quadros este tipo de profissional,despreparado e arrogante,que no mínimo foi alçado ao cargo por um padrinho politico.
Autor: Severino Santos
isso é + corriqueiro do que imaginamos. as chefias simplesmente impõem suas vontades sem respeitar os fatos. é um absurdo e deve ser exemplarmente punido

3 comentários:

Anônimo disse...

Funcionário é descomissionado pelo Banco do Brasil, sofre infarto e morre.
Funcionário é descomissionado pelo Banco do Brasil, sofre infarto e morre . Imaginem um trabalhador que sofre, cada vez mais, pressão psicológica e assédio moral para cumprir metas de venda e de produtividade da empresa. E caso não cumpra essas metas, o funcionário corre o risco de perder até 90% de sua remuneração mensal. Este quadro de verdadeiro terror é uma realidade vivida pelos bancários do Banco do Brasil e pode ter sido responsável pela morte de Luís Carlos Lyra, segundo gestor da agência da Rua da Assembléia.
(http://www.bancariosrio.org.br/noticias1.php?id=7801)

Anônimo disse...

Em 31/05/2011 morreu o bancário Paulo Celestino, dentro da agência Estilo Ipanema Rua Anibal de Mendonça n 114 telefone 21 25126212 de infarto.
Antes de mais nada o Miguel Couto é a dez minutos dalí!
Um dia antes o falecido funcionário estava atordoado, pois era o mais novo gerente estilo existente alí e sua média de negocios não ia bem, dando voltas em frente a sala de trabalho e falando sozinho ou para quem passava da preocupação de fechar seguro auto. Segue abaixo um dos assédios sofridos pelos funcionários daquela agência por escrito. "Acompanhando o relatorio da Dired identificamos que os clientes relacionados acima estavam agendados em nosso sistema, porém não houve abordagem, cálculo de cotação ou cotratação do mesmo.
Sendo assim, solicito que me informe o motivo do DESCUMPRIMENTO da orientação da administracao desta agência.
Paulo Vítor Q. Dumas Codeço
Gerente Geral UN".
Cabe esclarecer:
1) que a palavra DESCUMPRIMENTO estava em Caixa Alta no texto enviado para todos os seus subordinatos.
2) alguns clientes relacionados possuíam até mesmo contrato firmado na data do agendamento.
Porém o assédio, a vontade de destratar o funcionário era maior.
Peço que haja uma intervenção rápida junto a direção do Banco do Brasil pois até o superintendente: Gilmar está de acordo com este monstro.
Caso seja possível peço encarecidamente que esta nota seja levada ao conhecimento do Sindicato dos bancários no Rio de Janeiro e a ouvidoria do BB.
Obrigado pela ajuda.

Anônimo disse...

Antes voce denunciava os assediadores...agora virou assediador nao é dr. Adami...

http://www.prt10.mpt.gov.br/content/banco-do-brasil-%C3%A9-condenado-por-ass%C3%A9dio-moral-no-tocantins