Aplaudimos e apoiamos mais essa iniciativa, porque entendemos que além da função do resgate histórico do período da escravidão no Brasil, que tão graves consequências tiveram na estrutura social do nosso povo, a nova Comissão da Verdade, vai estabelecer parâmetros de responsabilidades dos envolvidos nesse triste período da nossa história, muitas vezes escondidos sobre uma espécie de manto do silêncio, em que muitos brasileiros não têm acesso.
O plenário da OAB aprovou ainda o encaminhamento de sugestão do governo federal para que crie comissão semelhante, para atuar nos moldes do que faz hoje em dia o grupo que apura os crimes cometidos durante a ditadura civil-militar.
É também mais um importante instrumento de ações afirmativas na luta pela reparação social que o país deve à sua população negra. E essa reparação histórica se faz no desnudamento de todo o processo que foi a escravidão negra no nosso país, revelando não só os aspectos de uma parte da nossa história, mas também das consequências danosas, ainda vigentes nos dias atuais, sofridas pela população negra. Consequências que, nos últimos anos, graças às ações como essas, que vêm sendo corrigidas.
À iniciativa da OAB já se juntam, de antemão pelos seus históricos de lutas, os diversos movimentos sociais que defendem o fim do preconceito racial e da in tolerância religiosa contra os que professam as religiões de matrizes africanas. Os que ainda são vitimas de segmentos reacionários da nossa sociedade, mas que a despeito das dificuldades, continuam nessa luta.
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