Mulher acusa funcionários de joalheria de racismo
Publicada em 05/08/2010 às 23h03m
Gabriel MascarenhasRIO - A bancária Emanuele Bernardes de Freitas, de 27 anos, acusa funcionários da joalheria Monte Carlo, no Centro, de racismo. Na quinta-feira da semana passada, ela foi abordada por um homem se dizendo policial à paisana, logo após comprar duas joias no valor de R$ 2 mil. O suposto policial teria dito que foi acionado pelo estabelecimento para descobrir de onde o "casal de raça negra" - a bancária estava com o primo - havia tirado "tanto dinheiro". A gerente da loja nega a acusação.
O homem que a abordou fora da loja pediu à cliente que abrisse a bolsa e comprovasse que os cartões usados eram dela. Emanuele havia adquirido um colar no valor de R$ 1.500 e um brinco de R$ 800. Pagou R$ 2 mil - total com desconto dado pela loja por ter pago em débito automático. Ela utilizou os cartões das filhas - de 2 e 3 anos - para quitar a conta. Segundo Emanuele, por causa do horário - os bancos já haviam fechado -, não poderia sacar R$ 2 mil. Ao comprovar que era mãe das donas dos cartões, a bancária foi liberada pelo suposto policial, que teria pedido desculpas.
- Desde o princípio, percebi sinais de discriminação. A toda hora, a vendedora saía para falar com a gerente, diferentemente do que aconteceu com os outros clientes. Quando paguei, a gerente disse que não poderia me dar nota fiscal porque a máquina estava quebrada. Para completar, fui abordada como se fosse uma criminosa, e esse homem não escondeu que foi chamado por funcionários da Monte Carlo - afirmou a bancária.
Depois do ocorrido, Emanuele voltou à joalheria e cancelou a compra. Nesta sexta-feira, a bancária vai registrar uma queixa-crime contra a joalheria. Ela diz que, com a ação, pretende colaborar para que outros negros não passem pela situação que ela classificou como humilhante.
- O tal (suposto) policial enfatizou que o fato de sermos negros chamou a atenção da gerente. Ele só baixou o tom quando eu disse o nome do banco onde trabalho. Um negro não pode ter uma joia cara? Fui tratada como uma criminosa, uma ladra. Trabalho duro, pago uma joia à vista, mas não posso tê-la - queixou-se a bancária.
A gerente citada por Emanuele, Márcia do Carmo, afirmou que não acionou o homem que interpelou sua cliente. Ela argumentou que a joalheria não tem seguranças e que ficou surpresa com a história contada por Emanuele ao retornar à loja.
- Podem rastrear nossos telefones. Não ligamos para ninguém, mas a cliente cismou com isso. Em nenhum momento, houve qualquer discriminação da nossa parte, tanto é que efetuamos a venda à vista. Se eu tivesse desconfiado do casal, não teríamos feito a venda - disse Márcia.
12comentário(s) para esta matéria
Mulher acusa funcionários de joalheria de racismo
windrain 06/08/2010 - 07h 41m
Essa Monte Carlo é uma arapuca. Meu cunhado comprou um cordão na loja do Barra Shopping e descobriu que o cordão não era de ouro. Voltou à loja e a gerência trocou o cordão com mil pedidos de desculpas. Abram o olho com o "ouro" da Monte Carlo.Façam o teste e vejam se não estão levando gato por lebre.
meninocarioca 06/08/2010 - 07h 09m
Joalheria sem segurança ?
oggferreira 06/08/2010 - 06h 42m
Nota: discriminação.
oggferreira 06/08/2010 - 06h 41m
Cartões de crédito de pessoas com 2 e 3 anos? Isto esta cheirando ao golpe do racismo. Tudo agora é racismo,ações afirmativas e coisa e tal. Realmente existem casos de disminação em nosso país,mas se não atentarmos para os exageros da "consiencia negra" veremos casos de criminosos pedindo absolvição,nos tribunais,alegando que só foram acusados por puro racismo.
Quico72 06/08/2010 - 06h 28m
Também achei meio estranha essa história de usar cartões de débito das filhas de DOIS e TRES ANOS. Por que essas crianças teriam cartões ?
ClaraE 06/08/2010 - 06h 23m
Racismo à parte( só isso já justifica um belo processo; espero que a moça tenha testemunhas), será que mamãe meteu a mão no cofrinho das crianças?Rssss....
BOCANOTROMBONE 06/08/2010 - 04h 42m
Racismo de lado, se houve, tem de processar. Agora, como uma pessoa tem cartões de débito em nome de 2 filhas de 2 e 3 anos e os utiliza para efetuar uma compra? Se eu fosse o lojista desconfiaria e não venderia, pelo fato do cartão ser intransferível, ,mas vendeu por ganância, bobeou e deu margem para tomar um processo nas costas
rafael26 06/08/2010 - 04h 15m
ate eu desconfiaria se uma cliente usasse cartao com nome de pessoas diferenmtes
FlaviaDelgado 06/08/2010 - 03h 41m
wow, q absurdo. Mas é por ai mesmo, a gente tem q se mexer, caso contrário, eles fazem o q querem. Vá em frente e processe mesmo. Onde já se viu isso, minha gente? Ainda fico indgnada com esse tipo de coisa.
jonnyrj 06/08/2010 - 02h 26m
triste e lamentavel, vá em frente amiga, processe esse povo com tdo que tem direito, sou branco e te apoio
Vespista 06/08/2010 - 02h 02m
Esse comentario é uma critica ao sistema, um desabafo ou é um manifesto nazista ?
willians viana 06/08/2010 - 00h 41m
"Brasil mostra a tua cara, quero ver quem paga..." Eles ainda dizem que racista sao os EUA. Pelo menos la eles tem um presidente negro, coisa que aqui na republica mestico-tupiniquim da America do Sul isto jamais acontecera.
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