Muitos estão bestificados com o sucesso recente do Presidente Lula no plano internacional. Sentar ao lado da Rainha da Inglaterra. Ser o presidente mais antigo eleito pelo voto direto, em amplo e total pleito democrático. Ser chamado de "o cara", por ninguém menos que Barack Obama, com o acréscimo, sincero e justo, de "o político mais popular do planeta".
Exagero, na opinião de uns.
Galhofa, na inveja de outros.
Nada disso importa. Para brasileiros, é o presidente do Brasil. Eleito duas vezes.
Sem contestação.
Para o filho de Garanhuns, uma estrada longa, inimaginável, impensável, extraordinária.
Lula vive um apogeu de uma carreira que poucos poderiam considerar possível.
Para alguns, não faltou um desdém, qual raposa das uvas, verdes que estariam.
Lula vive e merece.
Conduziu o País por dois mandatos, quase, com tranquilidade e segurança, mesmo nos tempos de solavancos.
Consegue a impressionante marca de 84% de aprovação popular, em meio ao segundo mandato.
É o primeiro a descartar ímpetos continuístas de um terceiro mandato, que seriam música para alguns ouvidos de Caracas, o que lhe dá mais prestígio e influência internacional.
Quando Obama o elogiou, chamando de carinhosamente de "my man", o fez com simplicidade e sinceridade, malgrado alguns maledicentes enxergassem uma ponta de pilhéria e picardia, que simplesmente inexistiu.
Era carinho e reconhecimento, de alguém que consegue ver as armadilhas e dificuldades do exercício do poder, em qualquer país, lugar ou ponto do planeta.
Que começa a ver a impossibilidade do cumprimento de todas as promessas de campanha.
E das tentações para o exercício do arbítrio e da ditadura.
Dá para ver e sentir a admiração e do novo "homem mais poderoso do planeta", primeiro negro presidente dos EUA, pelo operário do ABC, que caminha para o fim da primeira parte do segundo mandato, com as intenções e mandamentos daqueles que votaram para que ele ali chegasse.
Lula é um fenômeno mundial sim.
E os brasileiros deveriam ser os primeiros a reconhecer e exaltar essa figura ímpar do cenário nacional e internacional.
Não são poucas as críticas que diuturnamente atingem "o cara".
Mas poucos poderiam dizer que "gente branca de olhos azuis, que antes tudo sabiam, e agora nada parecem saber", eram os responsáveis pela crise. "Racista, errado e impróprio", foram adjetivos que voaram de todos os lados.
Quem poderia imaginar que, depois da saraivada de pancadas que levou, sem dar muita importância e até com algumas interpretações "explicativas" de assessores, o "cara" viesse, ontem, a pontuar, mais uma vez, que "olhos azuis", tem responsabilidade pela bancarrota mundial em que grande parte da população se encontra?
Quando Collor andava de Mirrage, falava francês, ameaçava marajás, não faltaram brasileiros entusiasmados e orgulhosos com tais atitudes.
Quando Fernando Henrique distribuía conhecimento qual professor que é, ou privatizava, em guerra à ineficiência estatal, não se precisava chamar, duas vezes, hordas de entusiastas patriotas ufanistas de seu primeiro mandatário.
Isso para não ir mais além, para não chegar nos tempos de Sarney, laçador de boi no pasto, fiscal dos preços congelados, ou garantidor da estabilidade financeira e pré-eleitoral, ou Funaro, fiscal de supermercados, ou mais adiante, nos tempos dos generais, com Figueiredo, Médici e outros. Brasileiros exultosos, felizes e contentes com a representação nacional, se apresentavam.
Bem, nas últimas semanas, um operário do ABC, torneiro mecânico de profissão, sem um dedo na mão, nordestino retirante, eleito duas vezes presidente da república por seus compatriotas, em vitórias incontrastáveis , foi reconhecido internacionalmente como um governante eficiente, sagaz, probo e alinhado com as políticas beneficiárias dos pobres de seu país e de todo o mundo. Sem desagradar banqueiros de um sólido sistema financeiro.
Não é para nós, os brasileiros, nos orgulharmos de nosso presidente da república?
Humberto Adami
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quinta-feira, 16 de abril de 2009
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