domingo, 28 de fevereiro de 2010

A OAB, o contra racismo e o erro de advogado quilombola - por Humberto Adami

A aproximação com as Seccionais da OAB deve render bons frutos, não só para o avanço da inclusão dos afrodescendentes no campo do Direito, mas também como a preparação de novos advogados ligados ao tema racial. É uma questão preponderante para a luta que se desenvolve contra o racismo. O presidente da OAB RS, Claudio Lamachia, tem toda razão em chamar para si o tema, reforçado pelo maior índice de re-eleição de uma seccional de OAB em todo o país, com mais de 82% dos votos do Rio Grande do Sul. Ver em http://humbertoadami.blogspot.com/2010/02/racismo-institucional-e-tema-de-debate.html Esta caminhada poderia ter se iniciado quatro anos antes, mas infelizmente um advogado ligado ao movimento quilombola, no Rio Grande do Sul, preferiu sabotar a iniciativa. Ele estava errado, e devemos assumir o erro e prejuízo que causamos, em nome da vaidade pessoal. O fato pode ser testemunhado pelos advogados Luis Fernando Martins da Silva, Aderson Bussinger, e o Procurador do Trabalho Wilson Prudente', que participaram da operação que resultaria em quatro conselheiros advogados negros já na primeira campanha, uma novidade que ajudaria no plano nacional. Isto significa que há pelo menos quatro anos atrás, esse trabalho poderia ter se iniciado no Sul do país. No momento em que o advogado Marcelo Dias assumirá a Comissão de combate á discriminação racial na OAB do Rio de Janeiro; André Matos, na Comissão de discriminação racial da OAB Ceará; Marcos Antonio Zito Alvarenga, na OAB São Paulo; Sílvia Cerqueira, no Conselho Federal, devemos dedicar especial atenção a tais articulações. Este fato é de tamanha importância que o Presidente da OAB nacional também participa da audiência pública na ação contra as cotas para negros e índios ADPF 186), no Supremo Tribunal Federal, ajuizada pelo Partido dos Democratas. Vale a pena lembrar a distante Conferencia Nacional dos Advogados em 1999, que organizei, e que o foi o primeiro momento em que o Conselho Federal se dedicou ao tema discriminação racial, com a participação ampla de um monte de gente. Também o distante momento de 2001, em que o Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro, presidido por Paulo Goldrach, realizou evento sobre discriminação racial e direito, em parceria com a Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro, na sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. No temário, o então Procurador da República, Joaquim Barbosa. Um dado importante impressionou o Presidente da OAB RS, Cláudio Lamachia, em nosso último encontro ( ver em http://www.afropress.com/noticiasLer.asp?id=2098 ), apresentado pelo Procurador do Estado Jorge Terra: ele ser um dos dois únicos Procuradores do estado do Rio Grande do Sul afrodescendentes num total de mais de 300. É este dado que começa amanha a ser mudado com o painél "Racismo Institucional – Constatações e possibilidades de superação” na sede da OAB RS. O advogado quilombola estava errado. Humberto Adami http://humbertoadami.blogspot.com/2010/02/oab-o-contra-racismo-e-o-erro-de.html

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