A MATÉRIA DE AFROPRESS SOBRE A AUSÊNCIA DE PRESSÃO SOBRE A QUESTÃO DA DESIGUALDADE RACIAL NOS BANCOS PRIVADOS TEM A IMPORTÂNCIA DA OBSERVAÇÃO DO EXAME NO TEMPO E NA HISTÓRIA.
INDEPENDENTEMENTE DO ACERTO DAS PROPOSTAS FEITAS PELA EMPRESA CONTRATADA PELA FEBRABAN, JÁ QUE ONG A SERVIÇO DE PATRÃO, PRESTADORA DE SERVIÇO É, VEMOS QUE A AUSÊNCIA DE PRESSÃO POR PARTE DO SETOR SOCIAL, E DO MINISTÉRIO PÚBLICO, SÃO COMPONENTES DE IMOBILIZAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO E DA EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE.
TAL POSICIONAMENTO NÃO SIGNIFICA QUE ENTIDADES LIGADAS AO MOVIMENTO NEGRO NÃO PODEM OU NÃO DEVEM PRESTAR SERVIÇOS EM TAIS EPISÓDIOS, SIGNIFICANDO TAL PARTICIPAÇÃO VERDADEIRO EMPODERAMENTO DO TERCEIRO SETOR. INDEPENDÊNCIA, NO ENTANTO, DEVE SER CONSIDERADA PREJUDICADA.
FICA CLARO QUE O SEGMENTO DA SOCIEDADE CIVIL FICA EXCLUÍDO DA PARTICIPAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DA SOLUÇÃO, RESTANDO-LHE UM PAPEL CONHECIDO COMO "Á REBOQUE".
O FATO DAS INÚMERAS TENTATIVAS DE INVIZIBILIZAÇÃO DOS TRABALHOS DAS ENTIDADES DO MOVIMENTO NEGRO E SINDICAL (SÉRIO), CONSTANTEMENTE DENUNCIADAS PELO JORNALISTA DOGIVAL VIEIRA, DA AFROPRESS, DEVEM SER CONSIDERADAS PARA ESTE EPISÓDIO E PARA OUTROS TAMBÉM.
A OMISSÃO DAS CENTRAIS SINDICAIS PODE E DEVE SER QUESTIONADA, CONQUANTO NÃO PODEM EXISTIR APENAS PARA PROVOCAR SERVIÇOS.
O CONGRESSO NACIONAL PODERIA ESTAR PARTICIPANDO MAIS DE PERTO, ASSIM COMO O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, CUJO PAPEL PRINCIPAL É DE FISCAL DA LEI.
HUMBERTO ADAMI
www.adami.adv.br
www.iara.org.br
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
http://www.afropress.com/noticiasLer.asp?id=1791
notícias
Mapa da Diversidade prometido há dois anos segue no papel
Por: Redação - Fonte: Afropress - 28/2/2009
S. Paulo - O Mapa da Diversidade prometido pelos maiores bancos brasileiros, depois de acusados pelo Ministério Público do Trabalho de discriminar negros e mulheres - denúncias que, posteriormente, ecoaram na Comissão de direitos Humanos da Câmara dos Deputados por conta de pressão feita por entidades negras e pelo advogado Humberto Adami, do Instituto de Advocacia Ambiental e Racial (IARA) - está pronto porém, sua implementação não tem data para acontecer porque a Febraban – Federação Brasileira de Bancos - ainda não validou as recomendações feitas.
O Mapa foi lançado em abril do ano passado, em um megavento no Hotel Inter-Continental, da Alameda Santos, nos Jardins, zona nobre de S. Paulo, com a presença do próprio presidente da Febraban, Fábio Barbosa. No evento, a Febraban fez o lançamento do projeto, iniciado em abril de 2007, com a contratação da professora Maria Aparecida Bento (foto), do CEERT (Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades).
Não foi informado o valor do contrato Febraban/CEERT, que envolveu cerca de trinta técnicos entre abril de 2.007 e outubro de 2.008.
No papel
Embora concluído em outubro do ano passado e entregue formalmente em dezembro, o trabalho do CEERT, que resultou em um relatório com dezenas de páginas e orientações sobre o Plano de Ação a ser adotado, ainda não foi validado pela maioria dos cerca de 18 bancos envolvidos. Até o momento, segundo apurou a Afropress, uma única instituição – o Banco Real – se posicionou favoravelmente ao acatamento das recomendações feitas e se propôs a implementá-las.
O Mapa consistiu numa pesquisa com o setor de recursos humanos, um censo envolvendo os 400 mil bancários das instituições, para identificar as relações entre ascenção profissional e gênero, etnia e porte de deficiências, o diagnóstico sobre a situação de gênero e raça nos cargos e nos processos de contratação e promoção e de práticas que os bancos já desenvolviam, e orientações sobre o Plano de Ação. O conteúdo das recomendações e das ações ainda não foi divulgado.
O segmento financeiro emprega cerca de 2% da força de trabalho do país. Só em S. Paulo, antes da crise econômica mundial, eram cerca de 64.750 pessoas, das quais apenas 7,9% negras (pretas e pardas). São Paulo é o Estado com maior população negra do Brasil em números absolutos - 12,5 milhões de pessoas, segundo estudo da Fundação Seade.
Procurada por Afropress, Cida Bento preferiu não falar sobre o trabalho feito, alegando razões de ordem ética, uma vez que foi contratada pela Febraban e cabe a direção dos bancos se manifestar sobre o que farão. Ela, porém, destacou: “Existem iniciativas no segmento bancário e muitas possibilidades de mudança da realidade”.
Pressão sobre os bancos
A denúncia e a pressão para que os bancos promovam a inserção de negros no mercado de trabalho foi iniciada em 2.005 pelo advogado Humberto Adami, presidente do Instituto de Advocacia Ambiental e Racial, responsável pelas primeiras representações junto ao Ministério Público Federal do Trabalho.
As representações com denúncia dos cinco maiores bancos brasileiros – entre os quais gigantes como o Itaú, o HSBC, o Bradesco, e o Real entre outros – foram todas rejeitadas pela Justiça, mas na época, o procurador Otávio Brito Lopes, recorreu.
Posteriormente, o Ministério Público do Trabalho interrompeu a estratégia de entrar com ações contra as instituições, sob a alegação de que as alegações - defendidas por lideranças negras como o Frei David Raimundo dos Santos, da Rede Educafro - e que as mesmas não deveriam mais ser pressionadas, uma vez que, por meio da Comissão de Direitos Humanos, haviam se comprometido ao diálogo. O trabalho desembocou no anúncio e no compromisso público de implementar o Mapa da Diversidade, sobre o qual a Febraban mantém, por enquanto, completo silêncio.
http://humbertoadami.blogspot.com/2009/02/mapa-da-diversidade-prometido-ha-dois.html
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário