segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Carta Aberta a Capes: luta anti-racista

http://br.groups.yahoo.com/group/discriminacaoracial/message/44446
A INICIATIVA .É BEM VINDA QUESTIONAR CRITÉRIO TRADICIONAIS, NÃO INCLUSIVOS, TAMBÉM É AÇÃO AFIRMATIVA. A POSTULAÇÃO QUE, NESTE CASO, TEM ORIGEM EM FOCO INDIVIDUAL, DEVE SIM ATINGIR AMPLITUDE COLETIVA. FAZER CHEGAR TAIS REQUERIMENTOS, COM FORÇA MÚLTIPLA, ÀS AGÊNCIAS DE FINANCIAMENTO E ASSISTÊNCIA MULTI LATERAL, É UMA NOVA E INOVADORA FORMA DE DESOBSTRUIR O VERDADEIRO BLOQUEIO DE ACESSO AOS RECURSOS PÚBLICOS E COLETIVOS, PARA DETERMINADA PARCELA DA POPULAÇÃO, EM ESPECIAL OS AFRO-DESCENDENTES. O IARA - INSTITUTO DE ADVOCACIA RACIAL E AMBIENTAL ( WWW.IARA.ORG.BR) VEM QUESTIONANDO PUBLICA MENTE A CAPES E MEC, POR AUSÊNCIA DE RECURSOS DISPONÍVEIS PARA IMPLANTAÇÃO SÉRIA DA LEI 10.639, EM ESPECIAL NOS NÍVEIS DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE BRASILEIRA. OS RECURSOS SÃO RAROS OU INEXISTENTES. CHEGAMOS A EXIGIR A NOTIFICAÇÃO JUDICIAL POR MEMBROS DO MINISTÉRIO PUBLICO, DO JUDICIÁRIO, E DO PRÓPRIO GABINETE PARTICULAR DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, PARA QUE TAIS AUTORIDADES, CAPES E MEC, INCLUINDO COM CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, SE MANIFESTASSEM A RESPEITO DA AUSÊNCIA DE RECURSOS PARA TAL TEMA, EM NÍVEL DE MESTRADO E DOUTORADO. OS OFÍCIOS E RESPOSTAS EVASIVAS, CONSTAM DO ACERVO DO "OBSERVATÓRIO DE ADVOCACIA RACIAL". A CONVOCAÇÃO DOS DOUTORES UNIVERSITÁRIOS É DE GRANDE ACERTO, POIS MESMO O COPENE - CONGRESSO DE PESQUISADORES NEGROS, JAMAIS MARCOU UMA AUDIÊNCIA COM O MINISTRO DA EDUCAÇÃO PARA TRATAR DO TEMA. FICA A SUGESTÃO, AINDA QUE TAL ATITUDE FOSSE DESNECESSÁRIA, POIS COM TANTOS INTELECTUAIS INTEGRANTES, NÃO EXERCER PRESSÃO - DO DIPLOMA - COMO A INICIATIVA RELATA, E PEDE AJUDA ,É OMISSÃO OU ACOMODAÇÃO. SERIA DE BOM TAMANHO A PRODUÇÃO DE UM MANIFESTO A SER DIRIGIDO AO MINISTRO DA EDUCAÇÃO, AO DIRIGENTE DA CAPES, E DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, E AO PRÓPRIO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, QUE, SEMPRE ACUSADO DE NÃO POSSUIR DIPLOMA UNIVERSITÁRIO, VEM DEMONSTRANDO, INEQUÍVOCA MENTE, MAIS ATENÇÃO COM O TEMA EDUCAÇÃO, DO MUITOS OUTROS DA CITADA QUALIFICAÇÃO ACADÊMICA. EM MESA REDONDA QUE PARTICIPEI NA SBPC - SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA, DE DOIS OU TRÊS ANOS ATRÁS,EM FLORIANÓPOLIS, COM ENNIO CANDOTTI E IVONNE MAGGIE, DIGA-SE POR CONVITE DE PETER FRY, TIVE A OPORTUNIDADE DE APONTAR A OMISSÃO DA INTELECTUALIDADE NA COBRANÇA DE AJUDA MATERIAL - BOLSAS - NA PÓS-GRADUAÇÃO BRASILEIRA. UMA SIMPLES VERIFICAÇÃO NOS TRABALHOS EXPOSTOS, DAVA A NOÇÃO DA QUASE INEXISTÊNCIA DE TRABALHOS NA PRÓPRIA SBPC, VOLTADOS PARA A HISTÓRIA E CULTURA DOS AFRO-DESCENDENTES. NO MOMENTO EM QUE A RESPONSABILIDADE SOCIAL COMEÇA A PORTAR ARES DE INCLUSÃO DE AFRO-DESCENDENTES, E QUE LOGO A SEGUIR, DARÁ VALORAÇÃO ECONÔMICA A TAL INEDITISMO, NA ESTEIRA DO CAMPO DE MEIO AMBIENTE, É IMPORTANTE APONTAR A OMISSÃO E NEGLIGÊNCIA DAS AGÊNCIAS FINANCIADORAS DA PESQUISA UNIVERSITÁRIA, EM ESPECIAL NA PÓS GRADUAÇÃO. É POSSÍVEL ANTEVER, UMA COLABORAÇÃO, COMO NO CASO PRESENTE, ENTRE MOVIMENTOS SOCIAIS ACIMA DO ASPECTO NACIONAL, DEVENDO ESTIMULAR A COLABORAÇÃO INTERNACIONAL. FINALMENTE, JAMAIS DEIXAMOS DE COBRAR O PAPEL DE AGENCIA FACILITADORA QUE A SEPPIR - SECRETARIA MINISTÉRIO DA IGUALDADE RACIAL, DEVERIA EXERCER, JÁ QUE NÃO TEM O ORÇAMENTO QUE SE TANTO ALARDEIA NECESSÁRIO PARA SER UM ÓRGÃO EXECUTOR, POR SER UM AGENCIA FACILITADORA OU COORDENADORA. TIVESSE CUMPRIDO TAL MISSÃO - FACILITADORA OU COORDENADORA - NOS ÚLTIMOS 05 OU 06 ( CINCO OU SEIS) ANOS, E SUA EXISTÊNCIA TERIA CUMPRIDO PAPEL HISTÓRICO INEGÁVEL( AO INVÉS DO QUE SE VIU).. LEVAR TAIS DEMANDAS PARA A MÁQUINA PÚBLICA, PRESSIONANDO, AUXILIANDO, ABRINDO PORTAS, ENFIM, FAZENDO O TEMA INGRESSAR EM TODAS INSTÂNCIAS, É VOCAÇÃO DESTA SECRETARIA-MINISTÉRIO, MAS NÃO RETIRA A RESPONSABILIDADE DOS DEMAIS ATÔRES AQUI MENCIONADOS. A OPORTUNIDADE ATUAL ABRE NOVA INVESTIDA PARA TAL FIM. HUMBERTO ADAMI www.adami.adv.br www.iara.org.br http://humbertoadami.blogspot.com -------------nsagem encaminhada ------------- Data: Mon, 22 Sep 2008 13:08:54 -0000 De: "humbertoadami" Para: humberto@adami.adv.br Assunto: Fwd: RE: [discriminacaoracial] Carta Aberta a Capes: luta anti-racista --- Em discriminacaoracial@yahoogrupos.com.br, Wilson Vieira escreveu Prezado(a)s Sugiro a alguém da lista com doutorado completo (ainda vou concluir o meu este ano, com certeza) que eviem o conteúdo desta "Carta aberta a Capes" para o Jornal da Ciência, o mais importante veículo de difusão da política científica brasileira, no momento. Porque doutorado completo? Simples: a meritocracia branca exige, no mínimo, o título de Doutor para vc ser ouvido pelos "sábios". Eu tb sofro preconceitos na minha área acadêmica, a de Engenharia Nuclear, onde a quase totalidade dos pesquisadores é branca e avessa às políticas de ação afirmativa, às quais tentam desqualificar com o argumento de que discriminam o branco pobre. Somente com a união conseguiremos avanços tanto na graduação quanto na pós. Axé Wilson Vieira To: From: lugauchinho@... Date: Sun, 21 Sep 2008 20:56:00 -0300 Subject: [discriminacaoracial] Carta Aberta a Capes: luta anti-racista Manos e manos, Infelizmente o discurso é sempre o mesmo. Antes nós eramos uma democracia racial. Hoje, somos um país em crescimento que não pode ser racializado. Nossas universidades sempre foram e continuam sendo só para os brancos. Na pós graduação a coisa é ainda pior. Mas acho que devemos "espraiar" tais denuncias e tais desabafos por todos os lugares e em todas as atividades que participarmos. Acho que a Eliane, a frente da ABPN pode e deve - principalmente por ter estado no MEC-, tomar partido e buscar mudar tais procedimentos na CAPES e nas demais agências de fomento a pesquisa no Brasil e fora daqui. Acho que devemos repassar esta mensagem para o maior número de pessoas que pudermos, principalmente para os nossos pesquisadores doutores e pós doutores que saberão como nos apoiar. Só espero que não tirem o time de campo por já terem chegado lá. Boa luta a todos (as). Asé. Luiz Mendes Sociólogo Especilista em Gestão da Educação UFRGS ----- Mensagem encaminhada de SIDNEI BORGES SILVA Data: Fri, 22 Aug 2008 21:06:47 +0000 De: SIDNEI BORGES SILVA Responder para: SIDNEI BORGES SILVA Assunto: FW: ENC: [coreatitude] Carta Aberta a Capes: luta anti-racista Companheiros Luiz Mendes e outros da Associação de Pesquisadores Negros, é provável que voces já estejam a par do apelo dos pesquisadores negros pela CAPES, mas encaminho a manifestação na carta de Jaime do Amparo Alves e o apelo aos pesquisadores e movimento negros da Andréia Lisboa de Souza. Antonio, podias colocar esse pessoal que está nos EUA e o assunto como tema naquelas teleconferências com a radio dos angolanos . Valeu. Sidnei SilvaUNEGRO-RS From: Sidnei@...: sidneibsilva@...: ENC: [coreatitude] Carta Aberta a Capes: luta anti-racistaDate: Fri, 22 Aug 2008 14:55:07 -0300 -----Mensagem original-----De: cristinayami [mailto:cristinayami@...] Enviada em: sexta-feira, 22 de agosto de 2008 08:59Para: coreatitude@yahoogrupos.com.br; Pedagogia-do-Ase@...: [coreatitude] Carta Aberta a Capes: luta anti-racistaPrioridade: Alta Repassando msg recebida da amiga Dircenara que esta em Austin/USA, fazendo seu doutorado. O assunto é pertinente e achei que devia socializa-lo com tod@s vocês, Cristina Segue abaixo a carta de um colega de Austin, que ainda nao o conheco, mas que em breve o farei. Compartilho convosco as artimanhas do mundo real da academia e, por conseguinte do capitalismo. Bjus no coracao de todos e saudades sempre. Dircenara dos Santos SangerDoutoranda do Programa de Pós-Graduação em EducaçãoUniversidade Federal do Rio Grande do SulTexas' University at Austin (USA). Prezado Jaime, Quero parabenizar a iniciativa corajosa de contestar Capes e Fulbright (ver carta abaixo) uma vez que eles recusaram financiar seu projeto de doutorado - dentre muitos outros do genero - ja em curso na Universidade do Texas, cujo tema tem a ver com relacoes raciais, juventude e violencia urbana... Aho que devemos pensar em algo mais: abaixo-assinado, mobilizacao com a ABPN, CADARA, instancias juridicas e organizacoes do movimento negro para tentarmos pressionar mais Capes e Fulbright nos passos futuros e pensar em estrategias... Por enquanto meu amigo, sua carta e um chamado a mobilizacao. Por favor, divulguem o maximo que puderem, Um abraco de luta, Andreia Lisboa de SousaFord Foundation FellowDoctoral Candidate - College of Education and Center for African American Studies (CAAAS)Texas' University at Austin (USA).--- On Tue, 8/19/08, Jaime wrote: From: Jaime Subject: Carta Aberta a Capes Prezada/os senhora/es: Diante das justificativas apresentadas pela/os pareceristas da comissão de seleção de bolsas de pós-graduação do Programa Capes/Fulbright pela não recomendação da bolsa de doutorado pleno e considerando que as agências públicas brasileiras de fomento à pesquisa têm historicamente cumprido papel importante na distribuição de oportunidades racializadas para determinados grupos, cabe-nos expor as seguintes considerações: A desqualificação de pesquisadores militantes negros por meio da simplória distinção entre as categorias academia x militância tem sido uma prática comum entre membros da comunidade científica. Tal postura parte de uma arrogância acadêmica que deslegitima outras formas de conhecimento que não os produzidos dentro dos parâmetros positivistas. Produzir ciência, nessa perspectiva supostamente neutra, significaria se distanciar das contradições e dos processos sociais a que se pretende analisar, isto é, se distanciar do 'objeto' e não tomar posições, como se o simples fato de não se posicionar já não fosse, por si só, uma escolha política privilegiada. Já é bem conhecida entre nós pesquisadores a relação entre neutralidade científica e barbárie. A colonização, o racismo, o holocausto e tantas outras atrocidades cometidas em nome do progresso têm raízes calcadas em modelos teóricos e metodológicos estruturados na suposta imparcialidade científica. As reações institucionais contra pesquisadoras e pesquisadores negras e negros que tomam a práxis - isto é a reflexão e a realidade vivida - como produção de conhecimento, evidenciam o caráter inerentemente político da academia. Todo conhecimento é conhecimento situado, produzido a partir de determinado posicionamento, nos lembram autores como Paulo Freire e Dona Haraway. Em que pesem as recomendações sobre os excelentes programas de pós-graduação no Brasil, onde a pesquisa poderia ser feita, os pareceristas parecem desconhecer a dinâmica nada transparente dos processos seletivos das nossas instituições acadêmicas. Os critérios de ingresso na pós-graduação brasileira são marcados por uma insidiosa idéia de meritocracia que estrategicamente exclui os negros, nordestinos e pobres. As orientações da Capes e CNPq endossam uma lógica de ingresso que valoriza a elite branca. Aqui, capital cultural é traduzido em capital econômico. Afinal, quais os pesquisadores pobres e negros que têm acesso à iniciação científica, especializações pagas, acúmulo de títulos, exames de línguas, cartas de referência de famosos intelectuais...... E não é apenas na pós-graduação nacional que as agências de fomento à pesquisa como CNPq e Capes estão estruturalmente organizadas em modelos meritocrático-elitistas de seleção. Na própria Universidade do Texas, em Austin, entre os estudantes brasileiros financiados por estas agencias, a maioria é formada por alunos brancos. A um protesto organizado pela meia dúzia de bolsistas de programas de ações afirmativas para afrodescendentes e indígenas brasileiros, entre os quais eu me incluo, quando da sua visita a Austin, o presidente da Capes Jorge Guimarães respondeu assim: Vocês não podem reclamar! Vocês não se candidatam a pós-graduação, como podem reclamar? E as artimanhas do racismo institucional não param por aí. Ao mesmo tempo em que inviabiliza economicamente o seu acesso, a academia brasileira fornece o combustível ideológico para as práticas racistas que desqualificam os negros que lograram chegar até aqui: negro não pode estudar o racismo; falar de racismo é coisa de militância e militância não tem nada a ver com produção de conhecimento. O pano de fundo aqui é o mesmo de sempre: aqueles investidos na luta anti-racista estão dividindo o Brasil, como se fosse possível ao país ser mais racialmente divididos do que já é. De acordo com essa perspectiva, qualquer estudo realizado por negros ativistas que assumam uma perspectiva crítica da categoria raça é tendencioso. É esse o argumento de um dos pareceristas, segundo o qual o plano de estudos apresentado 'é tendencioso quando coloca o racismo como a questão crucial para explicar a violência no Brasil'. Há que se sustentar, no entanto, que a violência urbana no Brasil apresenta um forte componente racial. Pesquisadores como Gláucio Soares e Doriam Borges (2004), Inácio Cano (2007), Jorge Silva (1998), Maria Helena Mello-Jorge (1980), Antônio Paixao (1983), Vilma Reis (2005) entre outros têm demonstrado como a intersecção entre raça, classe, gênero e posição social interagem na definição dos padrões de violência. Também uma série de estudos da Unesco (Mapa da Juventude) têm mostrado que os jovens urbanos negros são as principais vítimas da violência urbana. A pesquisa em questão reconhece a especificidade do caso brasileiro no que diz respeito à formação racial nas Américas. A perspectiva assumida aqui é a de raça enquanto categoria política, embora também funcione como marco reguladordas distinções sociais. A crítica a la Bourdieu e Wacquant reproduzida por um dos pareceristas segundo a qual 'há uma clara tendência em projetar no Brasil a estrutura das relações raciais existentes nos Estados Unidos', não se sustenta. Aqui o discurso da neutralidade científica evidencia suas fissuras de maneira ainda mais contundente: busca-se sustentar a posição política, amplamente difundida na academia, da excepcionalidade brasileira, segundo a qual aqui o racismo é mais brando e os pesquisadores (negros) treinados nos Estados Unidos são guiados por um modelo hegemônico de raça; no mesmo bojo seguem as negativas das políticas de ações afirmativas para os negros brasileiros porque tais medidas dividiriam o país; desconsideram-se os intercâmbios e as pesquisas no campo das relações raciais feitas por pesquisadores negros brasileiros, latino-americanos e estadunidenses tomando como pano de fundo a diáspora africana no continente americano; Ao contrário do inferido no parecer, o Programa da Diáspora Africana da Universidade do Texas vem formando pesquisadores em alto nível especializados na população negra das Américas desde meados da década de 90. A UT é famosa não apenas por seus métodos quantitativos, mas principalmente pelas pesquisas qualitativas empreendidas no seu centro de ciências sociais. São pesquisas de alto nível acadêmico e relevância social, com perspectiva continental única, o que torna a Escola de Austin uma referência nos estudos sobre as populações negras. No centro de estudos diaspóricos, já são 24 doutores, dentre os quais: 21 Afro-Americanos, 2 Afro-Brasileiros e 1 porto-riquenho. Além disso, o Programa possui atualmente uma equipe de doutores altamente especializados, com experiências de pesquisas em diferentes partes do globo. Ademais o programa atualmente conta com 08 estudantes afro-brasileiros e pesquisadores em áreas que vão desde a saúde, movimentos sociais, espaço urbano, e violência. Em resposta ao argumento segundo o qual tanto a produção acadêmica do orientador quanto a do orientando carecem de imparcialidade científica, é importante notar que para além de 'ativista', o professor João Costa Vargas é um pesquisador com uma notável trajetória acadêmica e com reconhecida competência na academia americana. Suas publicações têm sido bem recebidas pela crítica acadêmica e incluem títulos como os livros We Never Meat to Survive, Catching Hell in the City of Angels: Life and the Meaning of Blackness in South Central Los Angeles, além de artigos como Genocide in the African Diáspora, Apartheid Brasileiro: Raça e Segregação Residencial no Rio de Janeiro e When a Favela Dared to Become a Gated Condominium: The Politics of Race and Urban Space in Rio de Janeiro. O parecer negativo quanto ao financiamento de doutorado no exterior é apenas sintoma de uma prática institucional da academia brasileira que tem como regra a rejeição de orientandos negros, a rejeição de temas que conflitam com as crenças dos selecionadores, o pertencimento racial privilegiado do corpo técnico das seleções, tudo isso orientado pela defesa de uma posição política bem situada ideologicamente. O fato é que de micróbios de laboratório, nós negras e negros estamos abrindo caminhos numa arena política em que neutralidade científica é bobagem, para dizer o mínimo. Jaime do Amparo Alves Doutorando em Antropologia - Universidade do Texas, em Austin __________________________________________________________ Para fazer uma ligação DDD pra perto ou pra longe, faz um 21. A Embratel tem tarifas muito baratas esperando por você. Aproveite! _________________________________________________________________ Discover the new Windows Vista http://search.msn.com/results.aspx?q=windows+vista&mkt=en-US&form=QBRE Fim da mensagem encaminhada ---

3 comentários:

Oshum disse...
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Oshum disse...

Prezado Dr. Adami,

Muito obrigada por expandir o debate levantado na carta a Capes que vem sendo circulada e fazer propostas concretas.
Acredito que um manifesto nacional/internacional, dentre outras estrategias apontadas por voce (envolvendo nao somente as historicas entidades negras, como tambem a ABPN/SBPC/SEPPIR/MEC etc)seria fundamental.

Um abraco de Axe!

Andreia Lisboa de Sousa

Ativista do Movimento Negro,
Doutoranda em Educacao/Universidade do Texas
Bolsista - Ford Foundation

Anônimo disse...

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