quinta-feira, 17 de abril de 2008

A USP e seu programa de inclusão-Renata Cafardo ( e comentários)

A USP DEVE TER COMBATE DIÁRIO, NA QUESTÃO DA AÇÃO AFIRMATIVA. PELO SEU TAMANHO, PELA EXCELÊNCIA, PELA QUANTIDADE DE PESSOAS ENVOLVIDAS E PRINCIPALMENTE PELO MONTANTE DE DINHEIRO PÚBLICO, DE TODOS, QUE ALI É COLOCADO. HUMBERTO ADAMI WWW.ADAMI.ADV.BR http://humbertoadami.blogspot.com * O ESTADO DE S.PAULO * JORNAL DA TARDE * AGÊNCIA ESTADO * ELDORADO AM * ELDORADO FM * ILOCAL.COM.BR * CLASSIFICADOS ZAP * BLOGS 14.04.08 Link permanente A USP e seu programa de inclusão por Renata Cafardo, Seção: Ensino Superior s 19:00:19. A Universidade de São Paulo (USP) divulgou na semana passada uma ampliação de seu programa de inclusão, conhecido como Inclusp. A instituição criou o que foi chamado de avaliação seriada, ou seja, uma prova que será feita ao fim de cada ano do ensino médio, contando pontos para o vestibular da Fuvest. Como se trata de ação afirmativa, só podem participar estudantes de escolas públicas de São Paulo. A USP entende que o programa deve ser ampliado - desde 2006 dá 3% de bônus para alunos da rede pública - porque obteve bons resultados. Atualmente, 26,3% dos alunos da instituição vieram de escolas estaduais ou federais, são 2.713 estudantes. Em 2007, o número era um pouco menor, 2.448, e, em 2006, maior (2.719). Para a pró-reitora de graduação, Selma Garrido Pimenta, o Inlcusp conseguiu reverter uma tendência de queda acentuada no número de inscritos oriundos de escolas públicas na Fuvest e, para ela, já é uma boa notícia. Grupos favoráveis às cotas não se dizem satisfeitos. A ONG Educafro, que mantém cursinhos para alunos negros e carentes, divulgou uma carta aberta em que diz que "os péssimos resultados são frutos de uma ação proposital, detalhadamente planejada, elitista e preconceituosa". Ainda afirma que "na contramão da história, (a USP) não aceita falar em etnia, racismo e discriminação contra negros, como se o problema não existisse e como se não lhe coubesse responsabilidade". Brigas à parte, os dois lados comemoraram os primeiros resultados do desempenho acadêmico dos jovens beneficiados pelo Inclusp em 2007. No primeiro ano de curso na USP, os calouros que vieram de escolas públicas tiveram média 6,3 e o restante, 6,2. Em alguns cursos, a diferença passa dos 2 pontos, com desvantagem para quem cursou escola particular. Esse tipo de resultado se repete em outras universidades que implementaram políticas afirmativas. Link permanente Permalink 34 comentários Comentários: Comentário de: Fey [Visitante] 15.04.08 @ 05:45 Notícia interessante, mas com uma observação: Devemos ser sóbrios com os resultados, pois para quem ler apenas esse último pedaço de informação, deixa a conotação deque estudantes de escolas públicas tem desempenho melhor doque os das escolas particulares. Os calouros de escolas públicas tiveram uma média de 0,1 ponto mais alto doque os seus colegas de escolas particulares depois que foi implementado o programa de dar vantagem (3%) com antecedência pela Inclusp. Com tal vantagem é de se esperar um resultado mostrado pela tabela mesmo. Não subestimo aqueles que tem origem humilde, mas quero enfatizar que um verdadeiro programa de inclusão, é aquele que inclui educação de qualidade não somente no nível universitário mas sim des do primeiro grau. Contudo os critérios utilizados na inclusão pela USP provavelmente é o mais sensato -não é uma solução definitiva ideal, e portanto não se pode dizer que os males da educação brasileira se resolve dessa maneira, mas é melhor doque se baseiar em critérios puramente raciais. A ONG Educafro escandaliza nesse ponto.Aliás, interessante como eles separam as expressões "afro-descendentes" e "carentes", como se a afro-descendência em sí fosse um fator de desvantagem fora o fato de ser carente num país onde a descriminação é muito mais social doque racial. Descriminação real seria se as univesidades não permitissem a aplicação de negros e pobres a seus vestibulares, não é o caso. De acordo com a Unicamp, a mesma Educafro quis reservar 88% das suas vagas a alunos da rede pública. Oque me leva a duvidar se esta é realmente uma ONG preocupada com a educação ou "estatísticas de educação". Tampar a realidade com números é muito fácil. Se a Educafro quer tanto eliminar diferenças, porque não começar investindo e reinvidicando melhores condições aos alunos carentes já des da pré-escola??? Comentário de: Fábio de Castro [Visitante] 15.04.08 @ 12:04 Fey, acontece que os alunos provenientes da escola pública não são melhores só no vestibular. Eles têm melhor desempenho no decorrer de todo o curso. A USP ainda não confirmou isso, mas a Unicamp já. Os alunos das escolas públicas têm melhores resultados. Ou seja, eles agregam mais qualidade à universidade: http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?data[id_materia_boletim]=8559 Comentário de: ANDRE [Visitante] 15.04.08 @ 12:06 Renata, "ideal" seria se todos tivessem as mesmas oportunidades e se valessem dos mesmos critérios para entrar nas universidades públicas. Como o "ideal" aqui não existe, partimos para planos de cotas, assistências, etc. Dentre as propostas acho a da USP a "melhor", pois, de qualquer maneira, passa-se no vestibular por merecimento e não por ser desta ou daquela "etnia" apenas (ou seja lá a classificação de cor, raça, etc que for). Cuidados apenas para não satisfazer por completo os pedidos como os da referida ONG, que a meu ver, querem segregar as vagas em pról de uma dita "minoria", sem sabermos se merecem ou não tais vagas. E não esqueçamos que aqui "ainda" é uma democracia, e, parte-se do princípio que temos direitos iguais. Saudações!!! Comentário de: ANDRE [Visitante] 15.04.08 @ 12:11 Complementando... O fato de em alguns cursos os alunos oriundos de escolas públicas obterem desempenho melhor que os de escolas particulares, não pode validar a segregação de vagas ou concorrência desleal para se adentrar na universidade. Incentivos sim, segregação não! Comentário de: Antonio Carlos de Oliveira [Visitante] 15.04.08 @ 12:21 Direitos iguais deveriam ser efetivamente o de uma "democracia". Direitos iguais seriam efetivamente o direito de todos, não é o caso no País, senão vejamos: Os "negros ou afrodescendentes" como queiram são: 0% na FEBRABAN, SENACs, SESCs, CNIs, MINISTÉRIO PÚBLICO, CBF, CBT, FIESP, FIERJ, FIRG no Brasil, enquanto nos Países onde aconteceram de fato ações afirmativas: Holanda, Inglaterra, Estados Unidos e até mesmo na África do sul, em pouquíssimo tempo conseguimos superar essa realidade. O RACISMO sórdido e ardiloso no País é que não permite à negros e afrodecesdentes uma escala maior no cenário nacional. Esse País tem uma elite quase igual à da África do Sul e da Alemanha no período Hitler, mas tinha mais coragem, matavam, escravizavam e encorajavam a discriminação. Há tivéssemos um MP e JUSTIÇA. Comentário de: Renata Cafardo [Membro] 15.04.08 @ 13:45 Caros Fey e Fabio, Não sei se não ficou claro no post, mas o desempenho acadêmico a que me refiro dos estudantes de escola pública são suas notas durante o primeiro ano de curso e não durante o exame vestibular. E, sim, Fabio, é justamente isso que a USP provou agora, como a Unicamp. Clique no link "resultado" no post e terá esses números. Abraços e obrigada pelos comentários Comentário de: Fábio de Castro [Visitante] 15.04.08 @ 13:52 Mas Andre, quem falou em "segregação"? Na Unicamp o sistema dá pontos de bonus para os alunos provenientes de escola pública. Não é segregação, é correção de uma realidade distorcida, onde quem paga a universidade pública não consegue entrar nela (há um mito de que a universidade pública é gratuita, mas não é. Ela é paga - e a um preço bem caro - pelo contribuinte). Nem são tantos pontos assim de bonus. E o resultado é que esses alunos têm desempenho melhor que o dos outros ao longo do curso. Então, no fim das contas, graças à inclusão dos alunos que originalmente seriam SEGREGADOS por estudarem em escola pública, temos uma universidade de mais qualidade. Com mais retorno para a sociedade que a banca. Não vejo nada de injusto nisso. Comentário de: Fábio de Castro [Visitante] 15.04.08 @ 13:53 Verdade, Renata. A USP provou também. Eu não tinha lido ainda, heheeh. E, sim, era o que eu estava tentando dizer: não se trata de melhores notas no vestibular, mas no decorrer do curso. Abs! Comentário de: Alexandre [Visitante] 15.04.08 @ 14:20 O que poderia explicar essa melhor média dos alunos da escola pública? Minha esposa é professora da rede estadual, sendo portanto testemunha da demolição completa da qualidade de ensino vigente no sistema público. Estatística mente devem existir alunos mais capacitados na rede pública, simplesmente pelo fato de serem mais numerosos e porque, felizmente, inteligência não esta associada diretamente à renda da pessoa. Mas, sem dúvida a qualidade da formação recebida entre um aluno de escola particular e um outro do sistema público é bem diferente, com prejuízo para o segundo. Então como explicar esse fato? Mais vontade de estudar? Percepção de ter recebido uma oportunidade que deve ser aproveitada? O que ocorre na opinião de voces? Comentário de: Jose Cambraia [Visitante] 15.04.08 @ 14:47 Olá Renata, só estou passando por aqui para dar parabéns ao seu trabalho. Um abraço Zé Cambraia Comentário de: Belmir [Visitante] 15.04.08 @ 14:54 inclusão com critérios iguais são válidos. For isso vira racismo! RIMOU boa tarde vagabundos natos.... Comentário de: ANDRE [Visitante] 15.04.08 @ 15:00 Caro Fábio, eu disse "cuidado" para que não vire segregação...e não que há segregação. Atitudes de inclusão como as da USP e UNICAMP são louváveis. Receio apenas que se deixar levar exclusivamente pelas vontades de algumas ONG`s, etc, corre-se o risco de segregação, visto que, hoje no Brasil o que mais se tem é corporativismo e proteção única e exclusiva a interesses próprios e dos seus, muitas vezes, em detrimento da maioria que paga impostos honestamente e que tem por direito ser tratado com igualdade perante os outros. Comentário de: Marlon. [Visitante] 15.04.08 @ 15:07 quem precisa de cotas,ou inclusão deve ser inconpetente..td mundo é igual,não faz merd* nenhuma e quer de mão beijada,não é assim não,quem faz isso é vagabundo msm como disse o amigo Belmir e faz preconceito contra si próprio. Não à inclusão! Sim ao provão! Comentário de: Belmir [Visitante] 15.04.08 @ 15:12 Querido Marlon, Para começar,se seu nome começa com M, o preço deve ser o pvm.(Rimou de novo). Polícitamente falando, é mais fácil incluir do que testa-los,porque ai pode virar "filme" , e a embalagem será dheltaphilm. Espero ter sido claro, forte abraço continuarei, com minha conversinha mole,porém sabia... Comentário de: jose [Visitante] 15.04.08 @ 15:33 Muito boa a exposição do(a) Fey (15.04.08 @ 05:45). À exceção dos erros de português, não há o que retocar. Muito bom conteúdo! Comentário de: Digo [Visitante] 15.04.08 @ 15:57 Alunos oriundos de escolas públicas ( na grande maioria "pobres" ), tem as notas maiores no curso por valorizarem mais a oportunidade que tem, pois pode ser a última de sua vida, e seu futuro está depositado em sua formação acadêmica. As universidades devem abrir mais vagas aos pobres sim, ainda é muito pouco. Abraços Renata Comentário de: Alexandre [Visitante] 15.04.08 @ 16:17 Concordo com o seu comentário, Digo, e justamente por isso acho que as características desse gupo de alunos devam ser estudadas com mais profundidade pelos gestores dos programas de inclusão. Infelizmente, na escola pública a criminalidade "come solta" como um rastilho de pólvora e por algum motivo, nesses alunos que participaram do programa, ainda há alguma valorização da formação educacional. Ou seja, ainda resistem os valores sociais, éticos que são a base da nossa sociedade. Estudar o que caracteriza isso nessa população de alunos, seja a existência de uma família mais estruturada, ou a presença de um parente que signifique um modelo para esses jovens e que ainda lhes dê uma noção de futuro, ou ainda de outra característica qualquer, poderia ajudar a melhorar a situação dos demais que vem desse mesmo grupo social. Não concordo apenas que devam ser abertas vagas ao mais "pobres". Mesmo porque pobreza não é simplesmente econômica, mas principalmente cultural e de valores sociais. O que tem que ser feito é dar educação básica de boa qualidade, até para que o indivíduo possa decidir se a Universidade é a sua melhor opção ou não. Não acho que a Universidade resolva tudo e talvéz fosse possível viver com dignidade só com o segundo grau e uma boa visão de cidadania (-direitos e deveres). Abraços a todos. Comentário de: ARUEN DAVI DE LIMA RAMOS [Visitante] 15.04.08 @ 16:21 Sou estudante do ensino superior em instituição privada, (ultimo semestre de Adm) e no ano que prestei vestibular não estava preparado para a fuvest devido ao fato de ter estudado em escola publica e só conseguir prestar o vestibular três anos depois da conclusão do ensino médio, mas este tipo de noticia mostra a democratização das oportunidades e vemos que cada vez mais a burguesia terá de enfrentar a classe media e baixa se destacando e se impondo, o tempo de tolerância e conformidade acabou, temos jovens valentes e eles usufruíram os méritos que nos iremos galgar daqui para frente, a inclusão cada vez será maior, pois à medida que membros da sociedade menos favorecidos adquirirem conhecimento e discernimento serão capazes de lutar e influenciar quem até então era enganado e induzido a viver na escuridão da ignorância. Comentário de: Nereu [Visitante] 15.04.08 @ 17:01 Se aumentar as estatísticas consideravelmente, vai ter rico, tirando bens de nome para se passar de probrezinho e ter mais chance. Acredito o que valer,é o potencial indívidual de cada 1, e não sua classe social. Pobre adora se fazer de coitado, reclama , m,as não faz nada pra mudar, tenho como exemplo parentes, que vivem na "draga", e quando tirão um qualquer em vez de investir em estudos, gastam com bobagens. Não podemos desconsiderar que muitos que investem em estudos, NÂO SÂO RICOS e sim prezam por um futuro melhor. Comentário de: Renato [Visitante] 15.04.08 @ 17:23 A USP pelo menos está dando uma porcentagem menor em um nivel em que não passam pessoas que não estão preparadas para entrar em uma universidade devido a má condição do ensino publico. Em relação a cobrança da tal ONG por um mecanismo racista para a seleção de quem entra na universidade não dá nem para comentar. Comentário de: Digo [Visitante] 15.04.08 @ 18:43 Alexandre, Concordo contigo, quando disse aos mais "pobres", quiz dizer aqueles que se esforçam nas esolas porém sem condições para pagar um cursinho de qualidade, onde se torna covardia a concorrência com os mais favorecidos. Acho interessante um vestibular a parte para escolas públicas, que seja uma "cota"! Pois as universidades públicas estão cheio de alunos que podem pagar uma faculdade particular, não que não possam entrar em universidades federais, mas que seja uma disputa justa. Abraços. Comentário de: Antonio Carlos de Oliveira [Visitante] 15.04.08 @ 18:49 Saiba Marlon, que o Direito dos "Negros ou Afro-descendentes não é inclusão e sim Justiça e Reparação, aliás jamais o vi ir contra os Filhos do Nazismo, da Talidomida e nem Mesmo os filhos da Ditadura, todos com direito à reparação e creias, sabe tudo, não foram tão grande os períodos de "exclusão" desses que obtiveram com todos os direitos a reparação, mas basta falar-se em reparação para os "negros" os Arianos saem todos em posição contrária. Comentário de: Leandro [Visitante] 15.04.08 @ 19:18 Renata, apenas uma sugestão: poderia ser criado um link "recomende esta notícia". Abs. Comentário de: Renata Cafardo [Membro] 15.04.08 @ 19:40 Obrigada, Leandro, vou repassar a sugestão para o pessoal do portal aqui. Abraços Comentário de: Herval [Visitante] 15.04.08 @ 21:39 Gostei muito da matéria. Fui aluno de escola pública durante todo o ginásio e, graças a um grande esforço dos meus pais, pude cursar o colegial em uma escola particular. Lembro que sofri um impacto cultural tremendo nesta mudança. Eu, que era o aluno de maior média na minha turma de ginásio, desconhecia completamente cerca de 40% da matéria que já estudada pelos alunos da rede particular! Voltei a me dedicar, desta vez tendo acesso a um conhecimento de qualidade superior e me formei no colégio como o terceiro da turma. É exatamente isso que acontece com os alunos que vão da rede pública direto para a Universidade. Eles têm um grande potencial, mas a rede pública não consegue desenvolve-lo. A USP criou uma maneira eficaz de ajudar estas pessoas e a ela mesma, pois conseguiu de uma única maneira criar um programa de inclusão social para quem merece e aumentar a nota média de seus cursos. Outro ponto positivo é que aumenta a variedade cultural da Universidade. Depois de um ano de cursinho incontáveis horas de estudo eu consegui passar em engenharia na USP antes deste programa ser implementado e ficou muito claro que o poder aquisitivo dos meus colegas de turma era muito superior ao meu. Muitas das vezes eu não conseguia nem participar das conversas cotidianas. Parecia (e era) outro mundo. Considero os programas de cotas uma alternativa extremamente racista. Se existe cotas para negros, então também deveria ter cotas para os brancos, índios, asiáticos, etc. Tenho um amigo negro que cursou engenharia comigo e ele se sentia ofendido com o programa de cotas de outras universidades. Dizia ele "Eu que não tenho um `puto' no bolso, morei os cinco anos no CRUSP e com vale alimentação do bandeijão, consegui passar e me formar na USP. Esse programa de cotas faz parecer que os negros têm alguma inferioridade mental." (Só para situar, para conseguir morar no CRUSP e ter o tal vale alimentação é necessário um "atestado de pobreza"!) Parabéns Renata pela excelente matéria. Comentário de: Fey [Visitante] 15.04.08 @ 21:45 Cara Renata e Fábio Castro. Obrigado por esclarecer a oque se refere as notas. Realmente interpretei erroneamente. Pensei que as pontuações se referissem ao vestibular mesmo. Sendo este o caso, a situação merece ser comemorado mesmo! Mantenho o restante da minha opinião no entanto noque diz respeito a ONG Educafro. O ponto que o Alexandre levantou também é extremamente pertinente. Estive tomando aulas de marketing na escola Haas da Universidade de Berkeley certa vez. A minha professora era indiana com um passado extremamente humilde começando nos bairros pobres em na sua terra natal, e se tornando uma das professoras mais famosas em uma das universidades americanas mais conceituadas. Numa entrevista dentro da faculdade perguntou-se a ela qual foi o seu segredo, e ela disse: "Nenhum. Sempre tive vontade de estudar. Apesar das minhas escolas do primeiro e segundo grau terem um nível muito baixo, acredito que existem alunos que aprendem a aproveitar oque tem ao máximo e outros que não conseguem enxergar oportunidades." Oque ela quis dizer no final das contas é que seja de uma escola particular ou pública, um aluno "agrega" valor a uma instituição e mostra o seu potencial des de que tenha vontade, perseverança e coragem. Qualidades que não existem nem mais nem menos em uma pessoa só por causa da sua situação econômica ou racial. Em um grande contraste (e sim a minha vida foi bem diversificada), tive também a oportunidade de trabalhar lado a lado com brasileiros de classe extremamente baixa, para pagar pelos meus estudos por um certo período. E era realmente difícil encontrar naquele meio, alguém que se interessasse em adquirir qualquer tipo de conhecimento, mesmo sendo jovem e mesmo recebendo um salário suficiente para pagar o mínimo de estudo. Era mais comum gastar o primeiro salário com video-games, rádios, tvs, e computadores. Dentro dessas duas experiências, oque concluo é que o ensino primário até o segundo grau deve sim ser obrigatório, e o nosso país não está fazendo a sua tarefa nessa parte, mas em se tratando de ensino de terceiro grau, depende muito mais do aluno em sí doque de instituições e/ou conspirações elitistas. Se existir uma reforma de verdade na educação básica, essa história de cotas acaba se tornando irrelevante pois todos teriam realmente as mesmas oportunidades. Comentário de: alberto [Visitante] 15.04.08 @ 22:11 A política de inclusão da USP mostra a resposta da Universidade a incompetência tucana em gerir a escola pública. E não esperem que as recentes medidas implamentadas pelo governo José Serra vão apresentar bons resultados. Impostas de cima para baixo, sem envolvimento dos professores, tendem a fracassar. Para eles, o ensino médio é ensino terminal. Quem chegou, chegou. Quem desejar continuar, que se vire. Parabéns aos alunos, aos seus familiares e aos seus professores. Essa união resulta em ensino público de qualidade. Comentário de: Alan Vinicius [Visitante] 15.04.08 @ 23:43 Faz-me-rir essa politica de "inclusão" da Universidade de São Paulo. Dar migalhas aos estudantes das péssimas escolas estaduais (administradas por um mesmo partido a mais de 12 anos). Democratizar a universidade não é dar pontos no vestibular, mas sim reconstruir o ensino fundamental e médio, dar condições de igualdade de concorrência com alunos de colégios caríssimos. Criar escolas públicas de excelência que aprovem basicamente alunos para os cursos mais concorridos (medicina, direito, odontologia, engenharia), onde apenas os filhos da "elite" entram. Sou contra todo e qualquer tipo de cota ou pontuação. Escola pública de qualidade JÁ! Comentário de: João Batista [Visitante] 16.04.08 @ 01:57 Que os alunos da rede pública rende tanto quanto, e até melhor que os demais, em curso superior é fato incontestável por todos os dados que há. Porém, esse é um grande ministério, a minha pesquisa em matemática prova um pouco da razão disto (se quiser conhecê-la é só pelo e-mail, são públicas ): como isso é possível quando o sistemas de vestibulares ¨normalmente¨ diz que esse é inqualificável para ingressar no ensino superior? Um fato é certo: do que é ensinado em doze anos de escola pública nada aparece na prova, mas de três meses de pré-vestibular, e até dos truques didáticos mais nojetos (minha terra tem palmeira onde canta o sabiá... sen a cos b mais senb cos a) NEM VÍRGULA ESCAPA. Comentário de: João Batista [Visitante] 16.04.08 @ 01:59 como não apareceu, o meu e-mail para quem quiser conhecer os meus estudos em matemática/ questões de vestibulares é joaobatistanascimento@yahoo.com.br Comentário de: Otavio [Visitante] 16.04.08 @ 09:31 ...não dá para ler cada declaração e fazer avaliação sem cometer erros. todos estão de certa forma dizendo o que seria melhor... enquanto forem fracionadas todas as questões, todas as medidas terão alguma divergência depois da vírgula... Comentário de: Otavio [Visitante] 16.04.08 @ 09:36 ...serão rejeitadas mensagens que desrespeitem a lei, apresentem linguagem ou material obsceno ou ofensivo, seja de origem duvidosa, tenham finalidade comercial ou nao se enquadrem no contexto do blog. ...? Comentário de: Tony Pirard [Visitante] 17.04.08 @ 06:14 Se tivesse que entrar numa faculdade(dificuldade) através de cotas me sentiria envergonhado e humilhado..! Cara! onde está o orgulho próprio..? Será o efeito Lula que produziu esta situação..? (aquele que vive se gabando por não ter estudado e chegado lá). Bons tempos aquele em que o cara ,entrava na Faculdade na raça,por ter capacidade e se preparado bem..! Ah! que saudade dos colégios franceses ,onde eramos treinados nas escolas e tinhamos orgulho dos professores que tinhamos..! Esses tempos já se foram...! hoje só funciona a mediocricidade...! Comentário de: cfilho [Visitante] 17.04.08 @ 09:23 . Refiro-me ao "Caso Isabella Nardoni" Se eu tinha alguma dúvida até ontem que vivíamos num país sem leis, estas dúvidas foram finalmente eliminadas. Eu fiquei impressionado com a invasão de privacidade de uma família e dos moradores daquelas ruas onde vive a família Nardone. Um bando de delinquentes juvenis, velhos gagás e peruas psicóticas fazem da frente da residência dos Nardoni o palco para desfilar as suas frutrações e prontinhos da silva para fazerem justiça com as próprias mãos (mesmo antes de saberem a verdade)diante das lentes criminosas das redes de tvs e policiais impassíveis ,como se tivesem assistindo a uma luta dos tempos do império romano onde os cristãos eram colocados para serem devorados pelos leões. O triste de tudo isso é que tudo que lá se vê pode acontecer com cada um de nós, as tvs não por ideologia mais pelo objetivo do faturamento a quelquer custo não respeitam a privacidade de ninguém, seus apresentadores 24 horas por dia mantém uma vigilância constante como o Big Brother afinal seus altos cachês precisam a todo custo serem justificados. As autoridades não estão nem ai, não sei como uma segunda tragédia ainda não aconteceu e ainda não invadiram a casa daquela família. Como disse a polícia assiste impassível sem nada fazer, é muito triste este é o país que estamos criando os nossos filhos. Deixe seu comentário: Serão rejeitadas mensagens que desrespeitem a lei, apresentem linguagem ou material obsceno ou ofensivo, sejam de origem duvidosa, tenham finalidade comercial ou não se enquadrem no contexto do blog. Nome: Email: Seu endereço de email não será exibido nesse site. Site/Url: Sua URL será exibida. Texto do comentário: Tags XHTML permitidas: authimage Digite o código acima: Opções: Auto-BR (Quebras de linha se tornam
) Lembrete (Configura cookies para o nome, email & url) Renata Cafardo é jornalista e trabalha desde 2000 no jornal O Estado de S. Paulo. Há cerca de cinco anos se dedica principalmente à cobertura de Educação * BUSCA NO BLOG Todas as Palavras Qualquer Palavra Toda a frase * ARQUIVO * Abril 2008 (2) * Março 2008 (1) * Fevereiro 2008 (4) * Janeiro 2008 (4) * Dezembro 2007 (3) * Novembro 2007 (4) * Outubro 2007 (6) * Setembro 2007 (6) * Agosto 2007 (6) * Julho 2007 (4) * mais... * SEÇÕES * All * Educação fundamental (25) * Educação infantil (1) * Ensino Superior (9) * notícias (7) Deli.cio.us Blinklist Digg! Reddit Newsvine Furl Blogmarks REC6 Linkk Eu Curti Yahoo Technorati RSS Busca Patrocinado por: Publicidade: * TODOS OS BLOGS * * Tutty Vasques * Bate Pronto * Daniel Piza * Patrícia C. Mello * Livio Oricchio * Solano * Luiz Carlos Merten * Luiz Zanin * Jornal do Carro * Advogado de Defesa * Felipe Machado * Blog da Revista * Saul Galvão * Cristina Padiglione * Renato Cruz * Adriana Carranca * Marina Forte * SPFW 2008 Outono/Inverno * Cláudia Trevisan Estadão.com.br: Anuncie | Discador | RSS Estadão: Assinatura | Portal do Assinante | Curso de Jornalismo | Prêmio de Mídia | Top Imobiliário | Cannes | Responsabilidade Corporativa | Conheça o Estadão| Código de Ética Copyright © 2007 - 2008 Grupo Estado. Todos os direitos reservados. Fale Conosco | Participação

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