sexta-feira, 1 de junho de 2012

Funcionários de 4 Escolas Municipais Lançam Projeto (Cara e Cor de Tocantinópolis)









Funcionários de 4 Escolas Municipais Lançam Projeto (Cara e Cor de Tocantinópolis)
 
Funcionários das Escolas Municipais Deputado João de Abreu, Novo Aeroporto, Antônio Fernandes dos Santos e Lajinha lançaram um interessante projeto intitulado: “Cara e Cor de Tocantinópolis – Conhecendo a Cultura Indígena e Afro-Brasileira”.
Data: 31/05/2012 00:29:50
           A justificativa dos professores e funcionários que idealizaram o projeto é de que os indígenas e Afro-brasileiros muito contribuíram para o desenvolvimento cultural e social de nosso país. No entanto, nunca foram vistos com a importância que merecem. Para modificar essa situação, foi criada a Lei 11.645/08 que altera a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 09 de Janeiro de 2003, aqual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, entrando em vigor na data de sua publicação, 10 de Março de 2008. Dita lei informa que é preciso que modifiquemos o ensino-aprendizagem para que tenhamos um resultado eficaz, valorizando conhecimentos desta cultura, fazendo acontecer mudanças necessárias. Aprendemos a História dos outros, ou parte dela, no entanto a cultura universal inclui feitos Afros de grande importância, entretanto, estes são desconhecidos ou desprezados pela educação brasileira. Uma sociedade democrática e justa inclui todos os setores da população, não admitindo a existência de preconceitos e discriminações.
É de grande importância que crianças e adolescentes tomem conhecimento de suas culturas locais, como parte integrante da cultura da nação brasileira, e que se empenhem na sua valorização, sobretudo a partir das escolas onde estudam, atendendo ao que determina a legislação específica em vigor.
É a cultura que diz em que acreditar. Ela influencia os modos de ser e de estar no mundo; de agir, sentir e se relacionar com o natural e o social. No Brasil, há uma diversidade cultural significativa. Todas devem ser valorizadas.
Esse conceito permite observar a força das culturas de indígenas e de afro-brasileiros em todos os momentos cotidianos. Nos seus modos diversos de falar, andar, comer, orar, celebrar e brincar estão inscritas suas marcas civilizatórias. Há um traço de destaque nesses povos: ancorados na dimensão do sagrado celebram e respeitam a vida e a morte, estabelecendo uma relação ética com a natureza. Pela forma de se expressar e de ver o mundo, tais populações mantêm vivas suas histórias.
As culturas de origem africana e indígena possuem uma diversidade enorme. De maneira geral, identificam-se características bastante semelhantes entre elas, pois são povos que:
  • Se organizam por meio da participação coletiva e valorizam a presença
  • de crianças, jovens, adultos e idosos em todos os processos sociais;
  • Preservam a vida natural e social, isto é, juntam-se em torno de objetivos comuns;
  • Consideram o território patrimônio de gerações e gerações;
  • Definem seus territórios não somente pela extensão e recursos naturais
  • neles existentes, mas também pelo trabalho, símbolos, vivências, cemitérios, habitações, plantações, roças comunitárias, caminhos, rios, riachos, praias, mar, lagos, montanhas, florestas, córregos, mitos, histórias e muito mais;
  • Foram atingidos por diversas formas de violência física e cultural, ameaças de dissolução e, por isso, entendem como fundamental a transmissão entre as gerações de suas histórias e culturas, nem sempre respeitadas no contexto em que vivem atualmente;
  • Elaboram visões de mundo, a partir de suas vivências e sentimentos, valorizam as experiências de pessoas de mais idade e das envolvidas nas religiões – sejam de matriz africana ou indígena;
  • Tratam tudo isso (vivências, sentimentos, experiências dos mais velhos e dos líderes religiosos) como legado, herança, bens de família – uma memória que se perpetua oralmente.
Assim, independentemente da forma como são denominados ou se autodenominam em cada região do País – índios, negros, caboclos, ribeirinhos, habitantes da floresta, quilombolas –, as influências afro-brasileira e indígena podem estar presentes nas formas de ser e de viver, embora as informações sobre essas culturas nem sempre sejam mencionadas no conteúdo escolar, nos meios de comunicação e no dia a dia dos municípios.
Combater o racismo e a discriminação ético-racial na escola uma vez que a mesma tem um papel importante de contribuir para a constituição de uma nova postura baseado na afirmação de um Brasil, onde todos devem ser inclusos no direito de aprender e ampliar seu conhecimento para que as pessoas não sejam obrigadas a negar a si mesmas, ao grupo ético-racial a que pertence adotando costumes, comportamentos e ideias alheias ao pensamento racista.
Cada criança e cada adolescente, independentemente da raça, etnia ou cor da pele, devem ser estimuladas a reconhecer e valorizar as identidades culturais. Ao entender que a há tradição e história presentes em aldeias, comunidades ribeirinhas, quilombos, bairros populares, terreiros, assentamentos e outros espaços, eles podem se orgulhar da cultura de sua localidade integrar a diversidade que caracteriza o Brasil.
A educação constitui-se um dos principais ativos e mecanismos de transformação de um povo e é papel da escola, de forma democrática e comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade, estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e as características próprias de grupos e minorias. Assim a educação é essencial no processo de formação de qualquer sociedade e abre caminhos para a ampliação da cidadania de um povo.
Neste sentido com o Projeto: A cara e a cor de Tocantinópolis – Conhecendo a Cultura indígena e Afro-brasileira, as escolas municipais: (Deputado João de Abreu, Novo Aeroporto, Antônio Fernandes dos Santos e Lajinha), juntamente com outras instituições e entidades quer dar visibilidade às formas como indígenas e afro-brasileiros, nos seus modos de vida diferenciados, têm preservado suas culturas e suas histórias por meio de diversas expressões e linguagens culturais.
Para o desenvolvimento do projeto de pesquisa foram implementadas estratégias para a sua construção, como: aplicação de questionários, entrevistas, levantamento de material bibliográfico e analise dos mesmos.
Inicialmente foi realizada uma roda de conversa com os alunos das Escolas Municipais (Deputado João de Abreu, Lajinha, Novo Aeroporto e Antônio Fernandes dos Santos) acerca do tema abordado com o objetivo de investigar a influência da cultura Indígena e Afro-brasileira no Município de Tocantinópolis.
No segundo momento foram realizadas entrevistas com os indígenas na Aldeia Mariazinha situada no Município de Tocantinópolis, onde se buscou identificar as concepções e considerações que sustentam a metodologia deste projeto.
Com o propósito de se efetivar um trabalho articulado que considere a necessidade de valorização da cultura local e a formação da identidade particular do ser humano, cabe ao individuo compreender, analisar, participar e intervir sobre os princípios e as orientações para a construção da identidade cultural diante de uma realidade vivida em seu cotidiano.
OBJETIVO GERAL:
        Expandir e valorizar as expressões culturais dos povos Indígenas e Afro-brasileiros no ambiente escolar do ensino fundamental, proporcionando condições a alunos, professores, comunidade e município na qual estão inseridos de apropriarem-se de novos saberes sobre as expressões culturais de negros e índios.
Ações do Projeto
  •  Roda de conversa com professores e alunos para elaboração dos questionários.
  • Visita a Aldeia Mariazinha
  • Entrevista com os moradores mais velhos da comunidade local;
  • Ciclo de conversa com várias lideranças locais (religiosas, alunos, professores, lideranças políticas e a sociedade);
  • Divulgação do Projeto na rádio Líder FM de Tocantinópolis, site e carro de som volante;
  • Retorno a Aldeia Mariazinha com apresentações culturais (capoeira, show cultural – Deusamar e outros);
  • Apresentação cultural das escolas participantes no Ginásio de Esporte de Tocantinópolis

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