OAB cria Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão
O Reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, tomou posse hoje na Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra, criada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados Brasil (OAB), representando a instituição que é uma das universidades parceiras para discutir o tema, pesquisas e avaliações que farão parte de relatórios no final deste ano e um documento final previsto para dezembro de 2016.
Segundo o reitor, o objetivo da Comissão é resgatar a história da população negra no Brasil, para que sirvam de orientação para políticas públicas e ações afirmativas para a população negra brasileira.
Inspirado na Comissão Nacional da Verdade que investigou o período da ditadura no Brasil, o grupo composto por 57 membros – 10 advogados, 35 consultores e 15 convidados do judiciário e Ministério Público – terá prazo de dois anos para concluir o trabalho.
Inspirado na Comissão Nacional da Verdade que investigou o período da ditadura no Brasil, o grupo composto por 57 membros – 10 advogados, 35 consultores e 15 convidados do judiciário e Ministério Público – terá prazo de dois anos para concluir o trabalho.
De acordo com Humberto Adami, presidente do Colegiado que forma a Comissão, o objetivo é buscar todas aquelas ações da escravidão que persistem até hoje e fazem do país um campeão da desigualdade da discriminação e do racismo. É preciso que investiguemos a fundo os fatos da escravidão assim como a Comissão Nacional da Verdade investigou fatos da ditadura e da tortura que persistem até hoje.
Participaram também da posse da Comissão, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Republica, Ideli Salvatti e instituições como a Universidade Zumbi dos Palmares, o Instituto de Pesquisa e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro), o Instituto Nzinga Mulher Negra e outras universidades brasileiras.
Marcus Vinicius Furtado Coelho cobrou do governo federal uma comissão nos moldes da que foi empossada hoje pela OAB. “Somos um só Brasil. Queremos uma nação de iguais. O fim do racismo e do preconceito, não admitindo a intolerância e a discriminação, são fundamentais para a construção de uma sociedade justa, solidária e fraterna”, disse ele.
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