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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
IARA E MP- RJ AJUSTAM CONDUTA DE 2 MUNICÍPIOS SOBRE LEI 10639
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Simonal - Ninguém sabe o duro que dei - O FILME
ASSISTI AO FILME "SIMONAL, NINGUÉM SABE O DURO QUE EU DEI", A CONVITE DO AMIGO "SIMONINHA", UM DOS FILHOS DE WILSON SIMONAL.
SIMONINHA, ALIÁS É O RESPONSÁVEL PELO FENÔMENO DE COMUNICAÇÃO COM O MUNDO DOS QUE JÁ SE FORAM, QUANDO, NO TROFÉU DA RAÇA, DE TEMPOS ATRÁS DA AFROBRÁS, NA SALA SÃO PAULO, COM SEU VOZEIRÃO, SEM IMAGEM, TROUXE PARA A PLATÉIA DA SALA SÃO PAULO, A CERTEZA DE QUE SIMONAL, O PAI, ESTAVA PRESENTE, AO VIVO.
ELETRIZANTE.
DEPOIS, EM OUTRA JORNADA, EM NOITE DE GALA NO MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA, ASSISTI NUMA IMENSA SALA DE CINEMA, EM SÃO PAULO - O MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA-, COM DIREITO A SHOW DE SEUS DOIS FILHOS.
O FILME É INTRIGANTE E MOSTRA A HISTÓRIA DO SIMONAL QUE ME LEMBRO DA INFÂNCIA, CANTANDO NAS TARDES DO PROGRAMA FLÁVIO CAVALCANTE, O "FAUSTÃO" DA ÉPOCA, JUNTAMENTE COM O MAESTRO "ÉEERLON CHAVES".
NÃO PUDE DEIXAR DE LEMBRAR DE OUTRO NEGRO QUE FEZ SUCESSO NAQUELE MOMENTO, O PAULO CESAR "CAJU".
VOU ASSISTIR DE NOVO, NO DIA 24.10, EM PROMOÇÃO DA UNIPALMARES, COCA-COLA E AFROBRÁS.
A SAGA DO WILSON SIMONAL SERVE PARA NOS LEMBRAR O QUE SÃO OS TAIS "ESPAÇOS PERMITIDOS" PARA O NEGRO NO BRASIL.
LEMBREI DO "MUG", DA CALÇA BOCA DE SINO, ETC.
A FAÇANHA DO FILME É CONTAR A HISTÓRIA DE QUEM QUIS CONTAR, COM VERDADE. NELSON MOTA E TONY TORNADO ESTÃO NESSE GRUPO.
FIQUEI A MATUTAR PORQUE ALGUNS PERSONAGENS NÃO QUIZERAM FALAR, TANTO TEMPO DEPOIS.
COMO O PROMOTOR DO CASO, À ÉPOCA, ATUALMENTE EX-DEPUTADO FEDERAL, PELO RIO DE JANEIRO. QUEM PRESTAR ATENÇÃO AO FILME, E AOS DOCUMENTOS QUE MOSTRA, VAI SABER QUEM É.
OU MESMO JÕ SOARES.
SIMONAL PAGOU PREÇO ALTO POR TER SIDO ACUSADO DE "DEDO-DURO DA DITADURA". MAS AINDA QUE FÔSSE, ERA SÓ ELE, O QUE NÃO PODIA SER PERDOADO?
É MUITO ESQUISITO, O PROMOTOR NÃO DAR UMA DECLARAÇÃO DO QUE, PELO TEMPO, SERIA HISTÓRIA DO BRASIL.
FUI CATAR ALGUNS DADOS NA NET COM AUXÍLIO DO PROFESSOR GOOGLE, E ACHEI OS LINKS ABAIXO, QUE PODER DAR UMA IDÉIA PARA QUEM NÃO TEVE A OPORTUNIDADE DE VER O FILME.
É UMA DURA LIÇÃO, QUE TEM ALGUNS MARCOS IMPORTANTES NA MINHA OPINIÃO. O PALHAÇO BAZZOO, INTERPRETADO POR SIMONAL BEM ANTES DO SUCESSO TOTAL, O MOMENTO SARAH VAUGHAN; O FESTIVAL; A ENTREVISTA Á HEBE CAMARGO, E APRESENTAÇÃO DE SUBÚRBIO.
LEMBRAR AINDA, QUE OUTROS NEGROS E NEGRAS RECENTEMENTE, QUANDO EM EVIDÊNCIA, TIVERAM MUITA PANCADA EM CIMA DE SÍ, ATÉ QUE FORAM APEADOS DE SUAS POSIÇÕES. CITO BENEDITA, PITA, CAÓ, E MESMO MATILDE, NO PLANO INTERNO. TEM OUTROS. FICA A LIÇÃO PARA OS COLOCAREM A CARA NA MÍDIA.
CREIO QUE SE FIZESSEM O RELANÇAMENTO DE SEUS DISCOS, MUITO TERIAM O QUE VENDER. NO FIM, SAI-SE COM A IMPRESSÃO DE TREMENDA INJUSTIÇA, PERSEGUIÇÃO, E SERIA O CASO ATÉ DE PENSAR EM UMA INDENIZAÇÃO PELAS VÍTIMAS DA DITADURA, JÁ QUE UMA MONTANHA DE INDENIZAÇÃO VEM SENDO PAGA PELO TESOURO, UMAS MERECIDAS, OUTRAS MENOS.
ENFIM, COLETAR TAIS HISTÓRIAS DE PERSONAGENS DA VIDA BRASILEIRA, ESQUECIDAS, OU APEADAS DO SUCESSO, COMO SE FÔSSE UMA REVOGAÇÃO DA DISPENSA DO "DEFEITO DE COR", COMO ENSINA ANA MARIA GONÇALVES, É CONTRIBUIR PARA O IMPÕE A LEI 11645, E ANTES, A LEI 10.639, PARA SABER QUEM FAZ PARTE DA CULTURA AFROBRASILEIRA. HÁ MUITOS OUTROS.
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ALGUNS LINKS DO WILSON SIMONAL & ERLON CHAVES:
Vídeo Promo: Simonal - Ninguém sabe o duro que dei.
http://www.youtube.com/watch?v=rxnNvWLE9pI&feature=related
Wilson Simonal canta Tributo a Martin Luther King
http://www.youtube.com/watch?v=FH0Ws4Sw0ZE
MARTIN & SIMONAL-O ENCONTRO
http://www.youtube.com/watch?v=BJxiETBldg8&NR=1
Wilson Simonal e Sarah Vaughan - Histórico !!!
http://www.youtube.com/watch?v=8Hc0FGmXONk&feature=related
Wilson Simonal canta Meu limão meu limoeiro
http://www.youtube.com/watch?v=qoBkkFTO-Xc&NR=1
Wilson Simonal - Que Cada Um Cumpra Com o Seu Dever
http://www.youtube.com/watch?v=pf77zoSwV5Y&feature=related
Elis Regina e Wilson Simonal: Vem Balançar (1966)
http://www.youtube.com/watch?v=bvJt59HrA3Q&feature=related
Na Onda do Iê-Iê-Iê - Filme 1966 - Brasil - Wilson Simonal
http://www.youtube.com/watch?v=L4k1WOUyyMM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Z1fH4kLvvW8&feature=related
Wilson Simonal cantando e dançando tango [Record 1969]
http://www.youtube.com/watch?v=1d4JKfXAcI8&feature=related
Vanusa e Wilson Simonal [Record 1969] Chapeuzinho Vermelho
http://www.youtube.com/watch?v=pjpSWlz5JSE&NR=1
Vanusa - Show do Dia 7 (07 de fevereiro de 1969) - parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=vJOByzp4BHk&feature=related
Wilson Simonal – Nana
http://www.youtube.com/watch?v=873x_8VCraU&feature=related
Wilson Simonal - Lobo Bobo (1969)
http://www.youtube.com/watch?v=OyYhqICxyvE&feature=related
Wilson Simonal – Especial Jovem Guarda, 1997
http://www.youtube.com/watch?v=HIt2UmXZnGw&NR=1
Wilson Simonal - TV, 20 de setembro de 1997
http://www.youtube.com/watch?v=olVK_1uP_Bo&feature=related
Wilson Simonal - Nem Vem Que Nao Tem
http://www.youtube.com/watch?v=I04ns9mcc8M&NR=1
Wilson Simonal - Sá Marina (1975)
http://www.youtube.com/watch?v=D0NfnDwLfyk
Wilson Simonal cantando na Hebe
http://www.youtube.com/watch?v=_hR76YFtHA0&NR=1
Jerry Adriani fala sobre Wilson Simonal - TV, abril de 2000
http://www.youtube.com/watch?v=pKPkNsg32_k&feature=related
CRÍTICAS DO FILME E ETC.
Filme reabre caso de Simonal sem dar veredicto
http://blogdomauroferreira.blogspot.com/2008/03/belo-filme-investiga-simonal-sem-dar-o.html
Quem tem medo de Wilson Simonal?
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/luizcaversan/ult513u388827.shtml
Conclusão tardia - Cantor não delatou Gil e Caetano durante ditadura
http://conjur.estadao.com.br/static/text/25368,1
Malu Mader se emociona com documentário sobre Wilson Simonal
http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL374761-9798,00-MALU+MADER+SE+EMOCIONA+COM+DOCUMENTARIO+SOBRE+WILSON+SIMONAL.html
Quase Pouco de Quase Tudo
http://quasepoucodequasetudo.blogspot.com/search?q=simonal
FUNDO DO BAÚ II – MUG
http://fotolog.terra.com.br/luizd:259
Filme investiga relação de Wilson Simonal com a ditadura militar
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u385131.shtmlERLON CHAVES, VENENO OU MOCOTÓ?
http://monlover.wordpress.com/2007/08/22/erlon-chaves-veneno-ou-mocoto/
CNMP JULGA PROVIDÊNCIA SOBRE LEI DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA CONTRA PROMOTOR DE NOVA FRIBURGO (RJ)
CNMP JULGA PROVIDÊNCIA SOBRE LEI DE CULTURA AFRO-BRASILEIRA CONTRA PROMOTOR DE NOVA FRIBURGO (RJ)
Foi publicado o acórdão do CNMP-Conselho Nacional de Ministério Público no julgamento do pedido de providências contra o Promotor de Nova Friburgo (RJ), que arquivou inquérito civil público que pedia a intimação de diretoras de escolas públicas e privadas, do ensino médio e fundamental, para informarem sobre a implantação da Lei 10.639. O promotor ainda expediu recomendação ao Secretário Estadual de Educação para que este não cumprisse a lei de História da África e Cultura afro-brasileira e indígena, alegando que esta era inconstitucional.
O acórdão do CNMP está em http://cf-internet.pgr.mpf.gov.br/cnmp/temp/105917317333327/455.2008.91.pdf e baseia-se na independência funcional do MP para entender que o referido órgão não tem competência para julgar atos praticados por membro do MP, quando estes não forem relativos à administração e finanças do MP. O Conselho Superior de Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro também foi intimado, na pessoa do Procurador Geral de Justiça. O acórdão menciona que o Brasil tem sido condenado por violação de tratados internacionais, como no caso da empregada doméstica Simone Diniz, que constitui o relatório 066/2006, da OEA.
São 60 os casos levados a julgamento pelo CNMP pelo IARA (www.iara.org.br) e parceiros, versando sobre racismo institucional e negligências de membros do Parquet no enfrentamento da questão racial, e que, ao contrário do que possa parecer, com o não conhecimento do caso pelo CNMP, estão tendo amplo êxito do ponto de vista de inserção da questão racial junto aos órgãos de cúpula do MP, bem como no encaminhamento de casos da espécie para as cortes internacionais. Não está fora de questão o ajuizamento de ações de dano moral coletivo, embora o caminho proativo seja mais indicado. A simples intimação pelo CNMP já provocou mudanças no julgamento dos Conselhos Superiores dos MP estaduais. Ademais, a identificação dos Promotores responsáveis pelos arquivamentos permite a eventual responsabilização, mesmo que o CNMP entenda não estar em suas atribuições constitucionais a fiscalização do MP, além de questões administrativas e financeiras do MP brasileiro. Cogita-se a possibilidade de postular dano moral coletivo em face de eventual conduta reiterada, que gere dano ao contribuinte brasileiro, no caso específico de violação de tratados internacionais de combate à discriminação racial. A independência funcional é garantia para trabalho do membro do MP, não só para arquivar, posição que vem tendo apoio de muitos Promotores de Justiça que tem mantido contato com os autores da representação.
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TODOS QUEREM CUIDADOS - Humberto Adami
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terça-feira, 14 de outubro de 2008
AUDIÊNCIA SOBRE COTAS EM CONCURSO PÚBLICO NO TJ ES
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Pedido de Intervenção Federal é o primeiro por violações sistemáticas de direitos humanos - QUEM NÃO SE MEXEU?
PARA SE CHEGAR A UM RESULTADO DESTE É PRECISO MUITO TRABALHO DE ADVOCACIA, MUITAS VEZES SUB-AVALIADO. É DE SE REFLETIR QUANTO ESFORÇO É PRECISO PARA QUE OS PODERES DA REPÚBLICA CUMPRAM SUAS OBRIGAÇÕES LEGAIS CONSTITUCIONAIS, COMO AGORA, CUMPRE O PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA. FICA A PERGUNTA: E QUEM NÃO SE MEXEU ANTES, O QUE ACONTECE? NADA? O PAÍS ARCARÁ COM O CUSTO DA VIOLAÇÃO, PAGA PELOS CONTRIBUINTES. É PRECISO IDENTIFICAR E APONTAR OS OMISSOS, EM TODOS OS NÍVEIS E TODOS OS PODERES, E AQUELES QUE CAUSAM PREJUÍZO AO CONTRIBUINTE.
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: Pedido de Intervenção Federal é o primeiro por violações sistemáticas de direitos humanos
Pela primeira vez violações sistemáticas de direitos humanos resultam em pedido de intervenção federal em um estado do Brasil
O pedido de intervenção federal encaminhado ao Supremo Tribunal Federal se baseia em denúncias da JUSTIÇA GLOBAL e COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ sobre violações de direitos humanos no Presídio Urso Branco. Em oito anos mais de 100 presos foram vítimas de homicídio nesse estabelecimento prisional, evidenciando o tratamento criminoso dispensado aos presos pelo estado de Rondônia.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, solicitou nesta terça-feira (7) intervenção federal no estado de Rondônia em virtude das sucessivas violações de direitos humanos ocorridas na Casa de Detenção José Mário Alves, popularmente conhecida como presídio Urso Branco, na cidade de Porto Velho. Essa é primeira vez que uma violação sistemática de direitos humanos resulta em um pedido de intervenção federal.
A ausência de controle do Estado sobre o presídio e os recorrentes casos de tortura foram denunciados em 2002 pela JUSTIÇA GLOBAL e pela COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ da Arquidiocese de Porto Velho à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Ainda em 2002, o Estado brasileiro foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da (OEA) a cumprir medidas provisórias que garantam a proteção à vida e à integridade pessoal dos internos do Urso Branco, a investigação dos acontecimentos e a adequação do presídio às normas internacionais de proteção dos direitos humanos às pessoas privadas de liberdade. Desde então, o descumprimento das determinações motivaram cinco novas resoluções da Corte que reafirmam a sistemática violação dos direitos humanos e a incapacidade do Estado brasileiro em implementar tais medidas.
Em 13 de novembro de 2007 a Justiça Global e a Comissão Justiça e Paz encaminharam ao Procurador Geral da República o relatório “Presídio Urso Branco: A Institucionalização da Barbárie”, que subsidiou o pedido de intervenção federal junto ao Supremo Tribunal Federal (leia a íntegra do relatório AQUI)
Baseados em dados dados da Justiça Global e da Comissão Justiça e Paz, o Procurador ressalta que, apenas de 2000 a 2008, mais de 100 presos foram assassinados no interior do presídio, sob a tutela do Estado.
“Não se fala aqui em 3 presos linchados. Fala-se aqui em dezenas de mortes e dezenas de lesões corporais, frutos de motins, rebeliões, maus tratos, torturas, abandono, falta de cuidado médico e de condições mínimas de saneamento. Isso sem falar na precariedade de assistência jurídica, odontológica, social, educacional, religiosa e laboral.” (parágrafo 57)
O documento da Procuradoria Geral da República (PGR) também chama a atenção para a manutenção da situação de barbárie encontrada no presídio:
“Também não se fala aqui em um fato ocorrido em uma determinada data. Fala-se em atos de barbaridade, violência, crueldade que se arrastam por mais de oito anos. Isto considerando o que se tem por noticiado e documentado, fora, é claro, aquilo que fica encoberto pelas mais diversas razões, facilmente presumíveis.” (p. 58)
(Leia a íntegra da petição AQUI)
URSO BRANCO: REBELIÕES, CHACINAS, TORTURAS
Construído no final da década de 1990 com a função de abrigar apenas presos provisórios, o presídio Urso Branco começou a figurar nas manchetes dos principais jornais do país em 2000, quando uma rebelião terminou com três presos mortos. A COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ passou a acompanhar mais de perto a situação dos internos e denunciar à imprensa e às autoridades a total ausência de controle do Estado sobre a casa de detenção.
Em março de 2002, dois meses após o massacre de trinta presos em mais uma rebelião, a JUSTIÇA GLOBAL e a COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ solicitaram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA medidas cautelares para a proteção à vida e à integridade física dos detentos. A despeito da concessão das medidas, o Estado brasileiro não realizou ações efetivas para evitar novos assassinatos, que voltaram a acontecer nos meses de março abril e maio. Diante do descumprimento das recomendações, em junho a CIDH recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Outras rebeliões ocorreram entre 2002 e 2006. Os presos denunciaram por diversas vezes as condições precárias a que são submetidos e reivindicaram direitos básicos como provisão de material higiênico, acesso à água e respeito às visitas.
Em outubro de 2006, a Secretaria de Administração Penitenciária do estado de Rondônia (SEAPEN/RO) e o Comando de Operações da Polícia Militar do estado de Rondônia (COE) iniciaram o que foi chamado de “Operação Pente Fino”. Durante seis dias, os presos foram obrigados a dormir no chão da quadra de futebol, ao relento, vestidos somente de roupas íntimas. A partir desta operação, há uma intensificação da repressão violenta, , com a adoção da tortura e de execuções sumárias como forma de garantir um “controle” da população prisional.
Foi a rebelião de julho de 2007 que iniciou a discussão sobre uma possível intervenção federal no estado de Rondônia. Na ocasião, o preso José Antônio da Silva Júnior foi executado por agentes do Estado com um tiro na cabeça. Em outubro de 2007, a COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ e a JUSTIÇA GLOBAL escreveram o já citado relatório “Presídio Urso Branco: a institucionalização da barbárie”, que relata casos de tortura e execuções sumárias. Em dezembro do mesmo ano, um motim terminou com o assassinato de dois detentos e um agente penitenciário por armas de fogo. O Governo do estado de Rondônia afirmou em nota oficial que um dos presos havia sido morto por armas artesanais usadas pelos próprios presos, discurso repetido pelo Estado brasileiro junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos. No entanto, o atestado de óbito do detento – documento a que as autoridades públicas tinham acesso – desmente essa versão e confirma a morte por arma de fogo, indicando a possibilidade do crime ter sido cometido por um agente do Estado.
Os casos de tortura e os maus tratos continuam. Em agosto de 2008, a JUSTIÇA GLOBAL esteve no Urso Branco e recebeu informações da COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ de que um preso, W. S., tinha sido barbaramente torturado. Mais uma vez foram constatadas a alta insalubridade do local, a precariedade das instalações, a ausência de atividade laboral e educacional, e a falta de água, de ventilação nas celas e de banhos de sol, além da evidente superpopulação do presídio que afeta os presos e os funcionários.
Até hoje, a despeito dos inúmeros crimes cometidos por agentes do Estado no presídio Urso Branco, ninguém foi responsabilizado
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O CASO E REQUISIÇÃO DE MATERIAL
- Justiça Global (Tamara Melo, Andressa Caldas, Luciana Garcia e Gustavo Mehl)
* 55 21 2544-2320
8897-1753 –,tamara@global.org.br
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- CJP (Gustavo Dandolini e padre Paulo Tadeu Barausse)
* 55 69 3223-8095 – reulles@hotmail.com , pbarausse@yahoo.com.br