Visitei hoje meu amigo Damião Braga, e sua esposa Lúcia. Fui acompanhado de minha mãe Zeni, 90, e minha tia Didi, 92. Damião 'e o quilombola responsável pelo reconhecimento do Quilombo Pedra do Sal, no Rio de Janeiro, como primeiro quilombo urbano do país, juntamente com Quilombo do Sacopa, de quem fui advogado por 15 anos. Damião também 'e um dos líderes da Frente Nacional Quilombola, que esteve ao meu lado na audiência pública na Câmara dos Deputados, onde se requereu auditoria operacional que se desenvolve no TCU Tribunal de Contas da União, por conta do "Programa Brasil Quilombola", programa de 500 milhões de reais, 11 ministérios, com execução orçamentária de apenas 14%. Um absurdo. Damião Braga 'e uma das peças chaves da novel Confederação Nacional Quilombola, que terá seu estatuto assinado dia 20 de março, em Brasília, e pela qual se pretende ajuizar demandas de interesse quilombola no STF. . Como representante da sociedade civil no Projeto " Rota do Escravo", 'e singular que Damiao não ter endereço conhecido e divulgado, por questão de segurança, desde seu trabalho na questão quilombola. Quando fui Ouvidor da SEPPIR, pude atender vários desses chamados dos companheiros quilombolas. Na tarde de ontem, companheiros do PSTU manifestaram apoio 'a Confederação, e a Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil, do Conselho Federal da OAB. Foi na longeva companhia de Zeni e Didi, regada a cerveja ( pouquinha por causa da lei seca, cana dura no Rio), e acaraje, que pude perceber, mais uma vez, como 'e antiga a luta quilombola no Brasil.
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