domingo, 16 de novembro de 2014

Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e daHistória dos Africanos Escravizados no Brasil



Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil














O trabalho de organização do Inventário dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos Escravizados no Brasil foi coordenado pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI) da Universidade Federal Fluminense, em parceria com o Comitê Científico Internacional do Projeto da UNESCO “Rota do Escravo: Resistência, Herança e Liberdade”. Reúne 100 Lugares de Memória e foi construído a partir da indicação e contribuição de diversos historiadores, antropólogos e geógrafos do país, após consultas e intensas trocas de informações. Sem essa generosa contribuição, inclusive na redação preliminar dos verbetes e indicação da bibliografia ou fontes de referência, não teria sido possível a reunião desse amplo material.
O avanço da pesquisa histórica sobre o tráfico e a escravidão em nosso país permitiu a reunião dessas 100 indicações, mas temos certeza que estamos longe de esgotar o Inventário. Esse trabalho deve ser entendido como um ponto de partida para novas e futuras ações (nos âmbitos federal, estadual e municipal), tanto no campo da pesquisa histórica, como no do ensino, educação patrimonial, divulgação e desenvolvimento do turismo cultural dos Lugares de Memória do Tráfico e História dos Africanos Escravizados no Brasil.
Demos prioridade às evidências documentais, escritas ou orais, da presença histórica e cultural dos africanos, com o objetivo de centrar o foco na ação e no legado dos recém-chegados. Por outro lado, sabemos que a lista seria interminável se tivéssemos optado por reunir os Lugares de Memória dos descendentes de africanos no Brasil. O inventário é sobre os locais onde é possível lembrar a chegada dos africanos ou identificar as marcas de sua presença e intervenção.
Escravizados em seu continente, entre os séculos XVI e XIX, muitas vezes em guerras internas entre os inúmeros reinos que existiam nas diversas regiões da África tocadas pelo tráfico, africanos de diferentes línguas e origens tornaram-se “escravos”, categoria jurídica de época, no Brasil. Aqui reorganizaram suas identidades, criando novos sentidos para suas referências africanas. Nos verbetes, utilizamos tanto o termo jurídico de época (escravo) quanto o adjetivo “escravizado”, que sublinha o caráter compulsório da instituição. Para referir às novas identidades africanas criadas nas Américas, respeitamos a diversidade de expressões utilizadas pelos especialistas consultados, refletindo diferentes cronologias, abordagens historiográficas e usos regionais.
Se, de início, foi uma tarefa difícil a separação entre africanos e afrodescendentes, o esforço foi recompensado. O leitor também ficará impressionado com as dimensões das ações dos africanos escravizados no Brasil. Para melhor compreensão e maior visibilidade dos Lugares de Memória do Tráfico Atlântico de Escravos e da História dos Africanos, organizamos os 100 Lugares em 7 diferentes temáticas, apresentadas a seguir:
  1. Portos de chegada, locais de quarentena e venda
  2. Desembarque ilegal
  3. Casas, Terreiros e Candomblés
  4. Igrejas e Irmandades
  5. Trabalho e Cotidiano
  6. Revoltas e Quilombos
  7. Patrimônio Imaterial
Portos de chegada, locais de quarentena e venda
Desembarque ilegal
Casas, Terreiros e Candomblés
Igrejas e IrmandadesTrabalho e Cotidiano
Revoltas e quilombos

Patrimônio Imaterial
Coordenação de Pesquisa
Hebe Mattos
Martha Abreu
Milton Guran
Organização da Publicação:
Martha Abreu
Daniela Yabeta
Assistentes de Pesquisa:
Daniela Yabeta; Denise Vieira Demétrio; Fernanda Pires Rubião; Lívia Nascimento Monteiro; Vanessa Gonçalves e Eline Cypriano
Apoio Acadêmico:
Ana Mauad (Coordenação LABHOI), Mariza Soares e Paulo Knauss
Adriana Pereira Campos; Agenor Sarraf Pacheco; Alexandre Almir; Alisson Eugênio; Ana Carolina Prado; Ana dos Anjos; Ane Luise S. M. Santos; Andrea Ferreira Delgado; Antonio Cesar Caldas Pinheiro; Beatriz Gois Dantas; Beatriz Loner; Beatriz Mamigonian; Camila Agostinni; Carolina Martins; Carolina Vianna Dantas; Claudia Damasceno Fonseca; Claudio Honorato; Cristina Wissenbach; Enidelce Bertin; Fábia Barbosa Ribeiro; Fabiane Popinigis; Flávio Gomes; Giovana Xavier, Henrique Espada Lima; Isabel Guillen; Jaime Rodrigues; Janira Sodré Miranda; João José Reis; Juciene Apolinário; Juliana Farias; Keila Grinberg; Lopes da Fonseca; Luis Nicolau Pares; Luiz Geraldo Silva; Magno Francisco de Jesus Santos; Marcio Soares; Marcus Carvalho; Maria Antonieta Antonacci; Maria Helena P.T. Machado; Lisa Earl Castillo; Maria Loiola; Maria do Carmo Russo; Maristela Pinho da Silva; Mariana Bracks Fonseca, Mathias Assunção; Mundinha Araujo; Nicolau Parés; Nilma Acciole; Paulo R. S. Moreira; Rafael Sanzio; Rafael Soares de Oliveira; Regina Helena de Faria; Ricardo Moreno; Rodrigo Weimer; Sandro Silva; Sarah Amaral; Sérgio Ferretti; Silvia Brügger; Solange Barbosa; Suzana Barbosa; Thiago Campos; Urano de Cerqueira Andrade; Valéria Gomes Costa; Victor Hugo Cardoso; Vinicius P. Oliveira; Walter Luiz Carneiro Mattos Pereira; Wlamyra Albuquerque.

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