Monteiro Lobato e o “racismo cordial” no Brasil.
                                  
A polêmica sobre o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE)  sobre o livro “Caçadas de Pedrinho” fez emergir a hipocrisia que domina a  grande imprensa no Brasil. Acusar o CNE de censurar a obra de Monteiro  Lobato foi a forma usada pela imprensa para combater os que denunciam o  “racismo cordial” (ou nem tão cordial) que vigora no Brasil desde o seu  descobrimento em 1500.
Uma rápida leitura do Parecer CNE/CEB nº 15/2010 é suficiente para esclarecer o caso:
“A obra CAÇADAS DE PEDRINHO só deve ser  utilizada no contexto da educação escolar quando o professor tiver a  compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil. Isso  não quer dizer que o fascínio de ouvir e contar histórias devam ser  esquecidos; deve, na verdade, ser estimulado, mas há que se pensar em  histórias que valorizem os diversos segmentos populacionais que formam a  sociedade brasileira, dentre eles, o negro”.
 Reparem que a “polêmica” divulgada pela grande imprensa serviu para  esconder um outro caso relatado pelo Conselho Nacional de Educação na  mesma data: “Denúncia de racismo na  Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, localizada no Bairro  Coophavilla II, Município de Campo Grande, MS. (Parecer CNE/CEB nº 16/2010)”:
“De acordo com depoimento da Sra.  Antonesia Maria dos Santos da Costa, no Boletim de Ocorrência, “as  crianças há dois anos atrás estudavam na Escola Estadual Delmira Ramos  dos Santos, no Bairro Coophavilla II, sendo que por diversas vezes seus  filhos sofreram injúria por parte dos alunos da escola, os quais usavam  palavreados pejorativos em relação aos seus filhos como ‘o seu cabelo é  feito pra fazer bombril, sua pele é para fazer carvão e a carne para  fazer comida de porco, pretos fedidos, frango de macumba e urubu” (p.  1).
Ainda  segundo o depoimento da mãe no referido Boletim de Ocorrência, cansada  de tal situação, a mesma procurou a direção da Escola Estadual por  diversas vezes, mas esta “fez pouco caso da situação, inclusive  insinuava que o seu filho era “bandido” (p.1). Diante da inércia na  resolução do problema por parte da direção, a mãe resolveu comunicar o  caso para a imprensa, a qual compareceu à escola e realizou uma matéria  jornalística sobre o acontecido.
No  seu depoimento, a Sra. Antonesia Maria dos Santos da Costa relata que a  divulgação da reportagem gerou “ira por parte da diretora” e que ambas  tiveram uma reunião tensa na qual as duas se exaltaram”.
Conselho responsabiliza diretora por bullying e racismo
Estudantes de escola estadual de Campo Grande sofreram agressões e discriminação racial
Parabéns ao programa Balanço Geral (TV Record do Mato Grosso do Sul)  por ter feito uma grande reportagem sobre o caso... Vejam os vídeos:
- Adolescente de 13 anos alega preconceito racial em escola da Capital (28/06/2010);
- Adolescente vítima de preconceito racial na escola não quer mais vo... (29/06/2010);
- MP apura caso de racismo em escola estadual na Capital (06/07/2010).
Mais algumas observações:
1) Por que a imprensa não fez nenhum comentário sobre o fato da própria  editora do livro ter colocado uma nota explicativa em relação às  "caçadas de onças"?
Vejam o texto: "Essa  grande aventura da turma do Sitio do Picapau Amarelo acontece em um  tempo em que os animais silvestres ainda não estavam protegidos pelo  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), nem a onça era uma  espécie ameaçada de extinção, como nos dias de hoje. (p. 19)"...
Se  até os animais silvestres mereceram uma nota para que as crianças não  os caçassem, não seria necessário, também, uma nota explicativa para que  as crianças ficassem sabendo que as praticas preconceituosas e racistas  são crimes?
2) O Parecer do Conselho Nacional de Educação não proibiu o uso do livro  "Caçadas de Pedrinho" nas escolas. Foi exigido que as compras e  distribuição do livro, quando feitas com o dinheiro público, exijam das  editoras "a  inserção no texto de apresentação de uma nota explicativa e de  esclarecimentos ao leitor sobre os estudos atuais e críticos que  discutam a presença de estereótipos raciais na literatura. Esta  providência deverá ser solicitada em relação ao livro Caçadas de  Pedrinho e deverá ser extensiva a todas as obras literárias que se  encontrem em situação semelhante".
3) Para quem acha que nossas professorinhas estão preparadas para serem  mediadoras "entre o livro e seus leitores", destacamos apenas o caso  mais recente da Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, no Mato Grosso do Sul.  A diretora da escola chega ao absurdo de acusar de "racista" a própria  mãe das crianças que eram xingadas e humilhadas à vista de todos na  escola...
Será que esta diretora e suas professorinhas estão  capacitadas para servirem de mediadoras nos caso de conflitos surgidos  após a leitura de livros clássicos onde o "racismo cordial" era a regra  vigente?
4) Por último, destacamos que a questão da prática do preconceito e do  racismo continua viva e forte nos dias atuais. Vejam a recente campanha  promovida contra os "nordestinos", por conta da grande votação da  candidata Dilma Rousseff nas eleições presidenciais. Uma estudante de  Direito chegou ao cúmulo de escrever: "Nordestino não é gente, faça um  favor a Sp, mate um nordestino afogado!"...
A estudante de Direito foi demitida do escritório de advocacia onde ela atuava como estagiária...
Mas este não é um caso isolado. Já tem gente promovendo uma campanha "SP para os Paulistas"!!!
As  práticas preconceituosas ou racistas devem ser combatidas diariamente,  principalmente nas escolas. O futuro do Brasil é muito importante para  que deixemos nossas crianças abandonadas e indefesas, nas mãos de  professorinhas ou  diretoras que não sabem ou não querem enxergar as  praticas de preconceito e de racismo.
São Paulo, 05 de novemro de 2010.
Mauro Alves da Silva
Coordenador do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública
http://MovimentoCOEP.ning.com
Reparem que a “polêmica” divulgada pela grande imprensa serviu para  esconder um outro caso relatado pelo Conselho Nacional de Educação na  mesma data: “Denúncia de racismo na  Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, localizada no Bairro  Coophavilla II, Município de Campo Grande, MS. (Parecer CNE/CEB nº 16/2010)”:
“De acordo com depoimento da Sra.  Antonesia Maria dos Santos da Costa, no Boletim de Ocorrência, “as  crianças há dois anos atrás estudavam na Escola Estadual Delmira Ramos  dos Santos, no Bairro Coophavilla II, sendo que por diversas vezes seus  filhos sofreram injúria por parte dos alunos da escola, os quais usavam  palavreados pejorativos em relação aos seus filhos como ‘o seu cabelo é  feito pra fazer bombril, sua pele é para fazer carvão e a carne para  fazer comida de porco, pretos fedidos, frango de macumba e urubu” (p.  1).
Ainda  segundo o depoimento da mãe no referido Boletim de Ocorrência, cansada  de tal situação, a mesma procurou a direção da Escola Estadual por  diversas vezes, mas esta “fez pouco caso da situação, inclusive  insinuava que o seu filho era “bandido” (p.1). Diante da inércia na  resolução do problema por parte da direção, a mãe resolveu comunicar o  caso para a imprensa, a qual compareceu à escola e realizou uma matéria  jornalística sobre o acontecido.
No  seu depoimento, a Sra. Antonesia Maria dos Santos da Costa relata que a  divulgação da reportagem gerou “ira por parte da diretora” e que ambas  tiveram uma reunião tensa na qual as duas se exaltaram”.
Conselho responsabiliza diretora por bullying e racismo
Estudantes de escola estadual de Campo Grande sofreram agressões e discriminação racial
Parabéns ao programa Balanço Geral (TV Record do Mato Grosso do Sul)  por ter feito uma grande reportagem sobre o caso... Vejam os vídeos:
- Adolescente de 13 anos alega preconceito racial em escola da Capital (28/06/2010);
- Adolescente vítima de preconceito racial na escola não quer mais vo... (29/06/2010);
- MP apura caso de racismo em escola estadual na Capital (06/07/2010).
Mais algumas observações:
1) Por que a imprensa não fez nenhum comentário sobre o fato da própria  editora do livro ter colocado uma nota explicativa em relação às  "caçadas de onças"?
Vejam o texto: "Essa  grande aventura da turma do Sitio do Picapau Amarelo acontece em um  tempo em que os animais silvestres ainda não estavam protegidos pelo  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), nem a onça era uma  espécie ameaçada de extinção, como nos dias de hoje. (p. 19)"...
Se  até os animais silvestres mereceram uma nota para que as crianças não  os caçassem, não seria necessário, também, uma nota explicativa para que  as crianças ficassem sabendo que as praticas preconceituosas e racistas  são crimes?
2) O Parecer do Conselho Nacional de Educação não proibiu o uso do livro  "Caçadas de Pedrinho" nas escolas. Foi exigido que as compras e  distribuição do livro, quando feitas com o dinheiro público, exijam das  editoras "a  inserção no texto de apresentação de uma nota explicativa e de  esclarecimentos ao leitor sobre os estudos atuais e críticos que  discutam a presença de estereótipos raciais na literatura. Esta  providência deverá ser solicitada em relação ao livro Caçadas de  Pedrinho e deverá ser extensiva a todas as obras literárias que se  encontrem em situação semelhante".
3) Para quem acha que nossas professorinhas estão preparadas para serem  mediadoras "entre o livro e seus leitores", destacamos apenas o caso  mais recente da Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, no Mato Grosso do Sul.  A diretora da escola chega ao absurdo de acusar de "racista" a própria  mãe das crianças que eram xingadas e humilhadas à vista de todos na  escola...
Será que esta diretora e suas professorinhas estão  capacitadas para servirem de mediadoras nos caso de conflitos surgidos  após a leitura de livros clássicos onde o "racismo cordial" era a regra  vigente?
4) Por último, destacamos que a questão da prática do preconceito e do  racismo continua viva e forte nos dias atuais. Vejam a recente campanha  promovida contra os "nordestinos", por conta da grande votação da  candidata Dilma Rousseff nas eleições presidenciais. Uma estudante de  Direito chegou ao cúmulo de escrever: "Nordestino não é gente, faça um  favor a Sp, mate um nordestino afogado!"...
A estudante de Direito foi demitida do escritório de advocacia onde ela atuava como estagiária...
Mas este não é um caso isolado. Já tem gente promovendo uma campanha "SP para os Paulistas"!!!
As  práticas preconceituosas ou racistas devem ser combatidas diariamente,  principalmente nas escolas. O futuro do Brasil é muito importante para  que deixemos nossas crianças abandonadas e indefesas, nas mãos de  professorinhas ou  diretoras que não sabem ou não querem enxergar as  praticas de preconceito e de racismo.
São Paulo, 05 de novemro de 2010.
Mauro Alves da Silva
Coordenador do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública
http://MovimentoCOEP.ning.com
            
          Reparem que a “polêmica” divulgada pela grande imprensa serviu para  esconder um outro caso relatado pelo Conselho Nacional de Educação na  mesma data: “Denúncia de racismo na  Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, localizada no Bairro  Coophavilla II, Município de Campo Grande, MS. (Parecer CNE/CEB nº 16/2010)”:
“De acordo com depoimento da Sra.  Antonesia Maria dos Santos da Costa, no Boletim de Ocorrência, “as  crianças há dois anos atrás estudavam na Escola Estadual Delmira Ramos  dos Santos, no Bairro Coophavilla II, sendo que por diversas vezes seus  filhos sofreram injúria por parte dos alunos da escola, os quais usavam  palavreados pejorativos em relação aos seus filhos como ‘o seu cabelo é  feito pra fazer bombril, sua pele é para fazer carvão e a carne para  fazer comida de porco, pretos fedidos, frango de macumba e urubu” (p.  1).
Ainda  segundo o depoimento da mãe no referido Boletim de Ocorrência, cansada  de tal situação, a mesma procurou a direção da Escola Estadual por  diversas vezes, mas esta “fez pouco caso da situação, inclusive  insinuava que o seu filho era “bandido” (p.1). Diante da inércia na  resolução do problema por parte da direção, a mãe resolveu comunicar o  caso para a imprensa, a qual compareceu à escola e realizou uma matéria  jornalística sobre o acontecido.
No  seu depoimento, a Sra. Antonesia Maria dos Santos da Costa relata que a  divulgação da reportagem gerou “ira por parte da diretora” e que ambas  tiveram uma reunião tensa na qual as duas se exaltaram”.
Conselho responsabiliza diretora por bullying e racismo
Estudantes de escola estadual de Campo Grande sofreram agressões e discriminação racial
Parabéns ao programa Balanço Geral (TV Record do Mato Grosso do Sul)  por ter feito uma grande reportagem sobre o caso... Vejam os vídeos:
- Adolescente de 13 anos alega preconceito racial em escola da Capital (28/06/2010);
- Adolescente vítima de preconceito racial na escola não quer mais vo... (29/06/2010);
- MP apura caso de racismo em escola estadual na Capital (06/07/2010).
Mais algumas observações:
1) Por que a imprensa não fez nenhum comentário sobre o fato da própria  editora do livro ter colocado uma nota explicativa em relação às  "caçadas de onças"?
Vejam o texto: "Essa  grande aventura da turma do Sitio do Picapau Amarelo acontece em um  tempo em que os animais silvestres ainda não estavam protegidos pelo  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), nem a onça era uma  espécie ameaçada de extinção, como nos dias de hoje. (p. 19)"...
Se  até os animais silvestres mereceram uma nota para que as crianças não  os caçassem, não seria necessário, também, uma nota explicativa para que  as crianças ficassem sabendo que as praticas preconceituosas e racistas  são crimes?
2) O Parecer do Conselho Nacional de Educação não proibiu o uso do livro  "Caçadas de Pedrinho" nas escolas. Foi exigido que as compras e  distribuição do livro, quando feitas com o dinheiro público, exijam das  editoras "a  inserção no texto de apresentação de uma nota explicativa e de  esclarecimentos ao leitor sobre os estudos atuais e críticos que  discutam a presença de estereótipos raciais na literatura. Esta  providência deverá ser solicitada em relação ao livro Caçadas de  Pedrinho e deverá ser extensiva a todas as obras literárias que se  encontrem em situação semelhante".
3) Para quem acha que nossas professorinhas estão preparadas para serem  mediadoras "entre o livro e seus leitores", destacamos apenas o caso  mais recente da Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, no Mato Grosso do Sul.  A diretora da escola chega ao absurdo de acusar de "racista" a própria  mãe das crianças que eram xingadas e humilhadas à vista de todos na  escola...
Será que esta diretora e suas professorinhas estão  capacitadas para servirem de mediadoras nos caso de conflitos surgidos  após a leitura de livros clássicos onde o "racismo cordial" era a regra  vigente?
4) Por último, destacamos que a questão da prática do preconceito e do  racismo continua viva e forte nos dias atuais. Vejam a recente campanha  promovida contra os "nordestinos", por conta da grande votação da  candidata Dilma Rousseff nas eleições presidenciais. Uma estudante de  Direito chegou ao cúmulo de escrever: "Nordestino não é gente, faça um  favor a Sp, mate um nordestino afogado!"...
A estudante de Direito foi demitida do escritório de advocacia onde ela atuava como estagiária...
Mas este não é um caso isolado. Já tem gente promovendo uma campanha "SP para os Paulistas"!!!
As  práticas preconceituosas ou racistas devem ser combatidas diariamente,  principalmente nas escolas. O futuro do Brasil é muito importante para  que deixemos nossas crianças abandonadas e indefesas, nas mãos de  professorinhas ou  diretoras que não sabem ou não querem enxergar as  praticas de preconceito e de racismo.
São Paulo, 05 de novemro de 2010.
Mauro Alves da Silva
Coordenador do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública
http://MovimentoCOEP.ning.com
Reparem que a “polêmica” divulgada pela grande imprensa serviu para  esconder um outro caso relatado pelo Conselho Nacional de Educação na  mesma data: “Denúncia de racismo na  Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, localizada no Bairro  Coophavilla II, Município de Campo Grande, MS. (Parecer CNE/CEB nº 16/2010)”:
“De acordo com depoimento da Sra.  Antonesia Maria dos Santos da Costa, no Boletim de Ocorrência, “as  crianças há dois anos atrás estudavam na Escola Estadual Delmira Ramos  dos Santos, no Bairro Coophavilla II, sendo que por diversas vezes seus  filhos sofreram injúria por parte dos alunos da escola, os quais usavam  palavreados pejorativos em relação aos seus filhos como ‘o seu cabelo é  feito pra fazer bombril, sua pele é para fazer carvão e a carne para  fazer comida de porco, pretos fedidos, frango de macumba e urubu” (p.  1).
Ainda  segundo o depoimento da mãe no referido Boletim de Ocorrência, cansada  de tal situação, a mesma procurou a direção da Escola Estadual por  diversas vezes, mas esta “fez pouco caso da situação, inclusive  insinuava que o seu filho era “bandido” (p.1). Diante da inércia na  resolução do problema por parte da direção, a mãe resolveu comunicar o  caso para a imprensa, a qual compareceu à escola e realizou uma matéria  jornalística sobre o acontecido.
No  seu depoimento, a Sra. Antonesia Maria dos Santos da Costa relata que a  divulgação da reportagem gerou “ira por parte da diretora” e que ambas  tiveram uma reunião tensa na qual as duas se exaltaram”.
Conselho responsabiliza diretora por bullying e racismo
Estudantes de escola estadual de Campo Grande sofreram agressões e discriminação racial
Parabéns ao programa Balanço Geral (TV Record do Mato Grosso do Sul)  por ter feito uma grande reportagem sobre o caso... Vejam os vídeos:
- Adolescente de 13 anos alega preconceito racial em escola da Capital (28/06/2010);
- Adolescente vítima de preconceito racial na escola não quer mais vo... (29/06/2010);
- MP apura caso de racismo em escola estadual na Capital (06/07/2010).
Mais algumas observações:
1) Por que a imprensa não fez nenhum comentário sobre o fato da própria  editora do livro ter colocado uma nota explicativa em relação às  "caçadas de onças"?
Vejam o texto: "Essa  grande aventura da turma do Sitio do Picapau Amarelo acontece em um  tempo em que os animais silvestres ainda não estavam protegidos pelo  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), nem a onça era uma  espécie ameaçada de extinção, como nos dias de hoje. (p. 19)"...
Se  até os animais silvestres mereceram uma nota para que as crianças não  os caçassem, não seria necessário, também, uma nota explicativa para que  as crianças ficassem sabendo que as praticas preconceituosas e racistas  são crimes?
2) O Parecer do Conselho Nacional de Educação não proibiu o uso do livro  "Caçadas de Pedrinho" nas escolas. Foi exigido que as compras e  distribuição do livro, quando feitas com o dinheiro público, exijam das  editoras "a  inserção no texto de apresentação de uma nota explicativa e de  esclarecimentos ao leitor sobre os estudos atuais e críticos que  discutam a presença de estereótipos raciais na literatura. Esta  providência deverá ser solicitada em relação ao livro Caçadas de  Pedrinho e deverá ser extensiva a todas as obras literárias que se  encontrem em situação semelhante".
3) Para quem acha que nossas professorinhas estão preparadas para serem  mediadoras "entre o livro e seus leitores", destacamos apenas o caso  mais recente da Escola Estadual Delmira Ramos dos Santos, no Mato Grosso do Sul.  A diretora da escola chega ao absurdo de acusar de "racista" a própria  mãe das crianças que eram xingadas e humilhadas à vista de todos na  escola...
Será que esta diretora e suas professorinhas estão  capacitadas para servirem de mediadoras nos caso de conflitos surgidos  após a leitura de livros clássicos onde o "racismo cordial" era a regra  vigente?
4) Por último, destacamos que a questão da prática do preconceito e do  racismo continua viva e forte nos dias atuais. Vejam a recente campanha  promovida contra os "nordestinos", por conta da grande votação da  candidata Dilma Rousseff nas eleições presidenciais. Uma estudante de  Direito chegou ao cúmulo de escrever: "Nordestino não é gente, faça um  favor a Sp, mate um nordestino afogado!"...
A estudante de Direito foi demitida do escritório de advocacia onde ela atuava como estagiária...
Mas este não é um caso isolado. Já tem gente promovendo uma campanha "SP para os Paulistas"!!!
As  práticas preconceituosas ou racistas devem ser combatidas diariamente,  principalmente nas escolas. O futuro do Brasil é muito importante para  que deixemos nossas crianças abandonadas e indefesas, nas mãos de  professorinhas ou  diretoras que não sabem ou não querem enxergar as  praticas de preconceito e de racismo.
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