01/02/2010 - 16h09
Universidade expulsa alunos suspeitos de racismo em Ribeirão Preto (SP)
Publicidade
da Folha Online
Os três alunos de medicina acusados de agredir e usar termo racista contra um homem negro que ia ao trabalho em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) foram desligados do Centro Universitário Barão de Mauá. Segundo a universidade, eles foram notificados nesta segunda-feira, após um conselho criado para avaliar o caso decidir que a atitude feriu o regimento do curso.
Estudantes de Ribeirão devem ser punidos por racismo, diz promotor
Por causa da agressão, que ocorreu em 13 de dezembro, a universidade já havia afastado os jovens. Na ocasião, o advogado deles pediu ao reitor que reconsiderasse a decisão.
Emílio Pechulo Ederson, 20, Felipe Giron Trevizani, 21, e Abrahão Afiune Júnior, 19, foram presos e liberados 12 horas depois da agressão, após pagar, cada um, fiança de R$ 5.580 --foram então para casa de suas famílias em Campinas (SP), Goiás e Pará.
Os três foram flagrados por um frentista e dois vigilantes ao baterem com o tapete do carro nas costas do auxiliar de serviços gerais Geraldo Garcia, 55. A vítima, que é auxiliar de serviços gerais no COC, ia de bicicleta para o trabalho, por volta das 6h. Por causa da força da pancada, ele se desequilibrou, caiu no chão e machucou a coxa.
Segundo ele e o delegado Mauro Coraucci, os estudantes vibraram após a agressão e gritaram "ô, nego". O advogado negou a ofensa.
O juiz Ricardo Braga Monte Serrat disse que a decisão de liberá-los se baseou em acórdão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que, ao analisar caso semelhante, entendeu que os acusados cometeram crime de injúria qualificada (por causa da conotação racista), que, ao contrário do de racismo, é afiançável.
Com a Folha Ribeirão
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u687660.shtml
Nenhum comentário:
Postar um comentário