http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/internacional/Senado-pede-desculpas-pela-escravatura-segregacao-racial-dos-negros,9e171302-c811-4658-b84a-88d229dab964.html
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=58258
19 DE JUNHO DE 2009 - 15h26
Senado americano pede perdão por escravidão
O senado dos Estados Unidos aprovou uma resolução na última quinta-feira (18) uma resolução que pede formalmente perdão aos negros americanos pelos erros da escravidão, mas não planeja nenhuma indenização dos danos causados aos descendentes daqueles que foram escravizados no país, que hoje representam 12% da população total.
O texto indica que o Congresso reconhece a injustiça, a crueldade, a brutalidade e o sentido desumano da escravidão e das leis de Jim Crow, que consagraram desde a década de 1870 a segregação racial no nível estatal e local e vigiram até os anos 1960, sobretudo na região sul do país.
Também retoma termos da declaração de independência dos Estados Unidos, de 4 de julho de 1776, na qual se estabelece que todas as pessoas são criadas iguais e dotadas de direitos inalienáveis de vida, liberdade e busca da felicidade.
A resolução foi defendida por Tom Harkin, senador democrata por Iowa, e foi adotada pelos legisladores da Câmara Alta cinco meses depois de que um negro assumiu a presidência do país pela primeira vez na história, que não está obrigado a assinar a lei por ela não ter caráter vinculante.
Fontes parlamentares preveem que o texto dos senadores seja discutido e aprovado na Câmara dos Representantes, que em julho do ano passado já havia autorizado um documento semelhante.
Um dos pontos do documento esclarece que nada nesta resolução autoriza ou apoia qualquer reclamação contra o governo dos Estados Unidos.
Este ponto foi questionado por alguns parlamentares porque coloca uma trava às demandas dos descendentes de escravos, especialmente os negros do sul, a região que abriga a maior parte dos negros do país.
Antecedente a esta resolução dos senadores existe uma declaração do ex-presidente Bill Clinton, que em 1998, quando ocupava a presidência, lamentou na África a prática da escravização.
Seu sucessor, George W. Bush, qualificou a escravidão como um dos maiores crimes da história, em julho de 2003, ao visitar a ilha Goree, no Senegal, um antigo porto de comércio de escravos.
Alguns estados adotaram resoluções nas quais lamentam a escravidão, mas não oferecem reparação de danos. Os primeiros africanos escravizados chegaram em 1619 às costas da então colônia britânica de Virgínia.
La Jornada
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